[CAB] DECLARAÇÃO DO IV ENCONTRO NORDESTE DAS ORGANIZAÇÕES ANARQUISTAS ESPECIFISTAS

Retirado de: http://www.resistencialibertaria.org/index.php?option=com_content&view=article&id=112:declaracao-do-iv-encontro-nordeste-das-organizacoes-anarquistas-especifistas&catid=89:documentos-regionais

DECLARAÇÃO DO IV ENCONTRO NORDESTE DAS ORGANIZAÇÕES

ANARQUISTAS ESPECIFISTAS

De 14 a 16 de novembro realizamos o IV Encontro Nordeste das Organizações Anarquistas Especifistas. Desta vez também contamos com a presença do Coletivo Anarquista Ademir Fernando (CAAF) da Bahia e da região Norte, o Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC). O Encontro foi marcado pela comemoração dos 5 anos de existência da Organização Resistência Libertária (ORL), bem como evidenciou a confluência das análises realizadas pelas 6 organizações políticas presentes acerca do período recente das lutas sociais no Brasil e seus apontamentos futuros.

Vale ressaltar nossa imensa alegria e avanço politico de ter presente a companheirada do norte do país, que reassume seu posto na luta – porque já vem de uma geração anterior do anarquismo especifista. Retoma os trabalhos em um rico encontro de gerações fraternalmente associadas pelo sincero e combativo espirito anarquista fundado em princípios caros a nossa tradição, como são o apoio mútuo, a solidariedade e independência de classes, a ação direta, a autogestão, entre tantos outros que nos nutrem para continuar na luta pelo socialismo libertário.

Nosso internacionalismo, entretanto, não nos faz deixar de refletirmos sobre o solo em que pisamos. Salvando as devidas diferenças históricas, as regiões Norte e Nordeste guardam inúmeras semelhanças desde a origem da invasão brasileira, onde, deveria ser explorado ao máximo ambas as regiões, sem necessidade de contrapartida. Hoje ainda temos que lidar com uma estrutura arcaica que mantém altos índices de analfabetismo e sucateamento escolar, jovens vítimas de armas de fogo, insuficiência e precariedade no acesso à saúde pública, desnutrição e “comercialização da seca” em pleno século XXI, traços estes marcantes de uma herança coronelista e provinciana. Estas e outras questões ampliam a necessidade de pensarmos para além do teto, sem tirarmos os pés do chão. As imagens vendidas pelos grandes empresários e governantes destas regiões contrastam com a realidade da classe oprimida que sobrevive com suor no rosto e sede de luta. Nesse cenário, nossa estratégia especifista vem avançando, pois pensamos o todo sem deixarmos de considerar os sotaques e particularidades distintas, que se unem na luta anticapitalista pela construção de um Povo Forte e pelo Socialismo Libertário.

Este rico encontro regional e geracional nos possibilitou melhor compreender que “junho não começou em junho”: as jornadas de lutas populares já vêm de longa data! Não cremos nas palavras tão difundidas de que o gigante acordou, porque a periferia nunca dormiu: ela precisa estar sempre muito alerta para continuar resistindo aos terrorismos do estado, diuturnamente! Afirmar que o povo acordou seria a negação das inumeráveis batalhas cotidianas e históricas presentes no Brasil (e em todo o mundo, porque internacionalista!), de norte a sul. São as lutas indígenas, quilombolas, das mulheres, dxs obreirxs, dxs desempregadxs, dxs sem teto, sem terra, entre outrxs oprimidxs que se confundem, se encontram, sofrem e resistem a toda sorte de serem as periferias dos poderes centralizadores.

Mesmo assim, a tendência majoritária da opinião pública fabricada consiste no esquecimento de nossa ancestral luta contra a dominação. Exemplo recente desta combatividade invisibilizada são os setores (porque alguns estão fragilizados) dos povos originários no norte do país em enfrentamento às forças do capital que só estabelecem relações predatórias, levando-os, no limite, ao suicídio coletivo. As demonstrações desta autodestruição são muitas e cada vez mais crescentes, ancoradas, por exemplo, em uma lógica neodesenvolvimentista que casa com as identidades de países emergentes aspirando “sentar à mesa” das chamadas superpotências, retroalimentando os ciclos de dominação global. O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é uma expressão destes agrupamentos de interesses de capitais transnacionais na sua busca por força a fim de fazer frente aos estados mais fortes até então.

Há várias ações de sustentação em âmbito local e regional deste panorama atual do capitalismo globalizado. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é só uma pequena parte em escala nacional do que na América do Sul esta sendo chamado de Iniciativa para Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul (IIRSA). Esta iniciativa pode ser considerada uma nova Aliança para o Livre Comercio das Américas (ALCA), porém muito mais astuciosa e eficiente, uma vez que figura como se fosse um processo livre do sul da América em seu próprio benefício, utilizando-se, inclusive, do discurso da integração regional com referências a notáveis figuras que se firmaram neste imaginário como mártires da luta contra o colonialismo e pela independência.

Estão sendo construídas rotas diversas para a facilitação do fluxo de matérias-primas em nosso subserviente capitalismo extrativista e importador de produtos. Os megaeventos entram nesta cadeia produtiva econômica colaborando politicamente para que se gere uma série de pressões sociais no espaço urbano, materializando as políticas de higienização social e gentrificação das cidades. Quem se localiza na periferia do poder é jogado ainda mais para escanteio, empurradxs cada vez mais para as margens territoriais deste mundo hegemonizado pela injustiça!

Nos campos e nas cidades, as forças predatórias do capital se expandem. A UHE Belo Monte (na bacia do rio Xingu, município de Altamira no Pará) é um caso emblemático dentro desta nossa leitura, porque é expressão destes megaempreendimentos alimentados pelo neodesenvolvimentismo que ignora o respeito à natureza e aos modos de vida dos povos indígenas, ribeirinhos, caboclos e camponeses em geral.

Já as manifestações iniciadas em junho de 2013, bastante midiatizadas, deram maior visibilidade a diversas questões e contradições sociais existentes, bem como inúmeras bandeiras de luta. Em meio à Copa das Confederações da FIFA no “país do futebol”, adveio uma ebulição social inesperada que levou às ruas multidões de pessoas, rompendo com um período de refluxo de grandes movimentações no meio urbano. Contudo, a maré de levantes deve ser analisada com profundidade em relação ao seu conteúdo político no sentido de não ficamos a mercê dos movimentos transitórios. Devemos aprender mais e melhor a desenvolver as forças sociais na perspectiva de pôr fim aos sistemas de dominação.

O modelo de manifestação vendido pela “opinião pública” consistiu na ampla marcha cívica, na participação passiva, na passeata pela liberdade abstrata, em detrimento das pautas sociais vivas, embora em muitas cidades o estopim tenham se dado a partir de problemas específicos, como o Passe Livre e a Copa do Mundo. Restou evidenciado o discurso pacifista do “não vandalismo”, a tímida presença de movimentos sociais e organizações sindicais de base, o recrudescimento da repressão policial, midiática e judicial, regado por um forte nacionalismo febril que pairou no ar. Precisamos de mais agudeza na análise e dureza na atuação para revirar o jogo! Diante da ampla repressão e toda sorte de perseguições sofridas pelo povo lutador, foi inevitável também o desgaste da imagem do Estado e dos Governos, tanto no cenário local quanto internacional, em um momento em que o Brasil se lança em forte campanha no panorama exterior como um grande país em vias de desenvolvimento, sediando diversos eventos mundiais, a exemplo das Copas e da Olimpíada.

Na dinâmica das lutas, ficamos mais convencidxs de que a nossa forma de lutar sempre será colocada à prova, porque o processo histórico julga implacavelmente a legitimidade de nossa presença, ombro a ombro com a classe. O rechaço aos partidos políticos é um exemplo disso: é fruto da falta de referência que estas mesmas organizações construíram. Nós anarquistas não podemos ser responsabilizadxs por isto. Este entendimento exige a indispensável e profunda autocrítica. Todavia, fomos atacadxs por várias forças autoritárias, de direita e de esquerda, em suas incapacidades de sequer dar respostas e se fazerem funcionais no processo. Não entramos nestas querelas. O que precisamos é que nossa análise possa alertar para compreensão dos diferentes papéis e as táticas possíveis de luta, bem como apontar alianças sociais e ferramentas que ampliem as forças pela construção do Poder Popular. Faz-se necessário muita humildade, coesão, coragem e disposição para aprender na luta. Assim a classe faz tremer o poder dominador!

Neste sentido, ressaltamos a importância de sempre pensar/atuar com vistas ao curto, médio e longo prazo. Aqui situa-se o debate acerca da tática Black Bloc, que equivocadamente tem sido entendida como um grupo, movimento, etc. Trata-se de uma ferramenta de luta, que possui limitações, mas que deve estar a serviço da resistência popular frente às forças de repressão do Estado acionadas quando rompemos o controle mental e nos fazemos multidões nas ruas. Não esqueçamos que os aparelhos policial-militares de manutenção da ordem vigente fundam-se na astuta lógica do monopólio da violência “legítima” pelo estado em “defesa da sociedade”, mas que atuam contra esta mesma.

O ano 2014 mostra-se com fortes indicações de que terá conjuntura mais radicalizada, uma vez que ocorrerá a Copa do Mundo, será ano de eleições, haverá encontro do BRICS em Fortaleza a fim de criar seu banco, dentre outros fatores. Para este cenário, devemos tentar nos antecipar afim de garantir meios de reverter ganhos das lutas imediatas em conquistas políticas para a perspectiva do Poder Popular.

Devemos estar atentxs às outras formas de atuação e organização, porém não esquecendo as nossas experiências históricas, para não cairmos no erro de sempre começarmos do zero, tentando “reinventar a roda”. Não podemos nos furtar em dizer: o que aparece como novidade agora (ação direta, autogestão, federalismo, etc.) é herança histórica de nossxs companheirxs que deram suas vidas na luta por um mundo sem dominação e por isto tiveram abafadas suas vozes, invisibilizadxs sua história. E hoje vêm à tona estas imagens, em um período de grande desgaste desta falsa democracia, que nada mais é do que a atualização histórica da organização da violência dominadora.

Que nos preparemos mais e melhor para 2014, pois será um ano repleto de situações comuns a este contexto que apresentamos! Os mecanismos de controle e repressão estão sendo bastante calibrados para que o povo não perturbe o fluxo dos negócios neoliberais. A legislação antiterror também se faz simbólica neste sentido, pois consiste em mais um passo na criminalização das lutas sociais. Nossa força de luta deve ser maior para dar lições necessárias às elites! Precisamos de mais organização para fazer vencer e pôr-nos em movimento por um mundo sem dominação!

Não podemos recuar!

 Fortalecer a resistência popular para realizar um bom combate!

 Avante as/os que lutam!

Lutar, Criar, Poder Popular!

 Vida longa ao anarquismo desde o Norte/Nordeste!

Assinam esta declaração:

Coletivo Anarquista Ademir Fernando (CAAF) – Bahia

Coletivo Anarquista Núcleo Negro (CANN) – Pernambuco

Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP) – Alagoas

Coletivo Libertário Delmirense (COLIDE) – Alagoas

Organização Resistência Libertária (ORL) – Ceará

Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC) – Pará

Reunidas em Fortaleza, Ceará, nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2013.

9bd8e-cab

[CAMPO MOURÃO] IV Encontro Grupo de Estudos Libertários (GEL) em Campo Mourão

Neste domingo(15.12) teremos o quarto encontro do GEL. Neste encontro serão debatidas as leituras dos textos O QUE É IDEOLOGIA? da Federação Anarquista Uruguaia (FAU) e A história na visão dos anarquistas, no livro A história por anarquistas capitulo II de Anderson Romário Pereira Corrêa. O debate se acontecera em torno dos temas ideologia e teoria anarquista. Pode-se baixar os textos do estudo aqui mesmo no blog do CALC: https://coletivoanarquistalutadeclasse.files.wordpress.com/2013/04/cel-iii.pdf

O CALC convida todxs xs interessadxs a comparecerem  neste espaço e reforçar os espaços de debates no campo do anarquismo social.

Para os interessados será neste endereço:

  • Rua araruna, 941, ap 204, início as 18:00.
 
 
 
 

[ORL] SAUDAÇÕES À COMEMORAÇÃO DOS 5 ANOS DA ORGANIZAÇÃO RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA

Retirado de: http://www.resistencialibertaria.org/index.php?option=com_content&view=article&id=110:saudacoes-a-comemoracao-dos-5-anos-da-organizacao-resistencia-libertaria&catid=84:anarquistas&Itemid=64

No último dia 14 de novembro a Organização Resistência Libertária [ORL/CAB] comemorou seus 5 anos de luta. Na ocasião tivemos uma mesa-debate pública chamada “O Anarquismo e suas contribuições para os Movimentos Sociais”, ao lado de organizações políticas irmãs do Nordeste e Norte desse país. Reproduzimos abaixo as saudações que nos foram enviadas pelas Organizações da Coordenação Anarquista Brasileira [CAB] e que não puderam estar presentes. Pedimos desculpas por não reproduzir aqui algumas saudações pronunciadas por Organizações irmãs e indivíduos na ocasião no evento – só não estamos fazendo pela falta do registro escrito, já que não gravamos a fala.*

 


 

Saudação do Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares [CAZP-Alagoas]

Sementes foram e continuam sendo plantadas por estes lados, hoje, do solo nordestino, podem ser colhidos os frutos da luta pelo Socialismo Libertário. Esta luta não é simples, nem tampouco de curta duração. Para tal é necessário vontade histórica, determinação enquanto lutadoras e lutadores organizados, além de inflexibilidade quanto aos nossos princípios.

Nós, do Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares, certos estamos que o dito cima é aceito e compartilhado com as companheiras e companheiros da Organização Resistência Libertária, que, com retidão ética, muita generosidade ao ensinar e muita vontade em aprender, tem estimulado o diálogo e a participação – dos indivíduos e organizações mais próximas aos indivíduos e organizações mais distantes -; dando uma contribuição imensurável à nossa ideologia anarquista e, especialmente, à nossa estratégia especifista.

Desde a terra de Palmares, saudamos, portanto, a Organização Resistência Libertária neste seu quinto aniversário, motivados não apenas pela alegria desta comemoração – embora esta não seja pouca – mas também, a partir da compreensão de que nossa luta é um processo contínuo, desejamos que cada aniversário seja revertido em ânimo para seguirmos juntos nessa caminhada.

Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares

 

Alagoas – Novembro de 2013

 

Saudação do Coletivo Anarquista Luta de Classes [CALC-Curitiba]

 

Curitiba, 13 de novembro de 2013.

Saúde aos 5 anos de luta e resistência da ORL!

Salve companheiros e companheiras da Organização Resistência Libertária!

É com muita alegria que nós, do Coletivo Anarquista Luta de Classes, os saudamos pelos árduos, mas construtivos, 5 anos de luta e resistência anarquista no Ceará. Por mais que a distância que nos separe seja grande, a nossa proximidade política à suprime. Temos em mente que nosso objetivo é o mesmo: superar o capital e acabar com toda forma de dominação. Esperamos sinceramente que o anarquismo social no Brasil continue à se fortalecer e isso não pode ser construído sem a solidariedade entre as organizações e companheiros/as anarquistas organizados. Sabendo que os/as companheiros/as da ORL acreditam e colocam em prática os princípios que são tão caros à nós, anarquistas organizados, tal como afirmam em sua carta de apresentação:

uma organização específica de anarquistas, resultante da livre vontade de indivíduos de unir e coordenar seus esforços de forma horizontal e autônoma, pautados na liberdade e na responsabilidade individual e coletiva, no apoio mútuo e na democracia direta, com a disposição de militar socialmente, visando contribuir para a construção de experiências de organização e de lutas sociais com perspectiva anti-capitalista

Isto por si só, e a consciência de que os/as companheiros/as colocam tais princípios em prática, já nos basta à ser totalmente solidários e à desejar estar junto em nossas lutas. Acreditamos, assim como a ORL, que este sistema de dominação e exploração não é sustentável, e utópico é quem não aceita o fim inevitável deste sistema.

Por fim, sabemos que estamos juntos hoje e esperamos que nossa unidade tenha vida longa, assim como a ORL! Que venham mais 5, 10, 15 anos!

Saúde à ORL!

Viva a CAB!

Viva o anarquismo organizado!

Coletivo Anarquista Luta de Classes – CALC-CAB

 

Saudação da Federação Anarquista Gaúcha [FAG-Rio Grande do Sul]

ADESÃO FAG AOS 5 ANOS ORL

Nós da Federação Anarquista Gaúcha queremos saudar a ORL pelo seu aniversário de 5 anos e mandar a toda sua militância um caloroso abraço!

Para nós é significativo que 3 organizações que integram a CAB estejam de Aniversário em datas próximas (nós, vocês e a FARJ). Acreditamos, dessa forma, que é um momento importante de reafirmarmos nossa convicção e firmeza ideológica e nosso pertencimento a essa fraternidade libertária que é a CAB e que tem muito ainda a contribuir com a organização e luta das classes oprimidas.

Vivenciamos uma conjuntura importante nesse ano que passou, aprendemos muito e acredito que ainda temos muito a aprender, coletiva e organizadamente é claro. O ano que se aproxima, ano de Copa e de Eleições, nos parece ser um ano de recrudescimento da repressão, do aprofundamento das medidas de cerceamento das liberdades legais… Não podemos dizer que estamos às portas de uma ditadura. Trata-se de mecanismos que a democracia burguesa tem utilizado quando aumenta a indignação e a luta popular. Mas podemos dizer que o ano de 2013 foi um marco e tem nos indicado que entraremos em um novo período da luta de classes. Necessitamos ajustar nossas lentes e estar em dia com a análise da conjuntura para melhor nos situarmos politicamente. Acreditamos que é um bom momento para intensificarmos a propaganda Anarquista e consolidarmos o Anarquismo como uma referência que já é para muitos, mas que pode ser para muitos mais.

E vamos adiante companheirada!

Um forte abraço desde o Rio Grande do Sul, desde a militância da FAG e Não tá morto quem peleia!

Viva a ORL, Viva a Anarquia!!!

 

Saudação do Coletivo Anarquista Bandeira Negra [CABN-Santa Catarina]

SAUDAÇÃO À ORGANIZAÇÃO RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA

Companheiras e companheiros,

O Coletivo Anarquista Bandeira Negra, de Santa Catarina, escreve esta saudação referente aos cinco anos de existência da Organização Resistência Libertária, de Fortaleza, Ceará.

Apesar da longa estrada que nos separa geograficamente, nos sentimos próximos por conta do trabalho incessante de construção do anarquismo com laços efetivamente solidários, classistas e inseridos nas lutas pela transformação social da realidade perversa que o capitalismo neodesenvolvimentista impõe ao povo sofrido das diferentes regiões do Brasil. Que por toda parte sigamos avançando juntos/as, ombro a ombro, na luta dos/as de baixo, criando o poder popular!

Desejamos às nossas irmãs e irmãos de classe e de ideologia muita força e rebeldia para as lutas e desafios que virão pela frente!

Lutar hoje e sempre!

Pelo Socialismo Libertário!

Vida longa à Organização Resistência Libertária!

 

Coletivo Anarquista Bandeira Negra

Santa Catarina, 13 de novembro de 2013.

 

Saudação da Federação Anarquista do Rio de Janeiro [FARJ-Rio de Janeiro]

Saudamos os compas da ORL pela coerência, perseverança e compromisso ético para lutar pelo socialismo e a liberdade. Nós consideramos Organização Irmã, com os desafios e punhos cerrados do anarquismo levantados em diferentes regiões do país.

José Oiticica vive exemplo de luta da ORL!

Viva o Anarquismo!

Viva a CAB!

Vida longa a ORL, até a batalha final!

Federação Anarquista do Rio de Janeiro

14 de novembro de 2013

 

Saudação da Organização Anarquista Socialismo Libertário [OASL-São Paulo]

Saudação da OASL aos 5 anos da ORL

Companheiras e companheiros da ORL,

Já se vão 5 anos daquele 2008, quando o anarquismo se rearticulava no Ceará e se fundava a Organização Resistência Libertária! Parece que foi ontem aquele debate cheio de pessoas interessadas e muito frutífero, realizado no momento de fundação da organização.

Como sabemos, esse esforço custou muito esforço e dedicação da militância. É sempre difícil organizar algo localmente quando não há uma geração precedente de militantes ou mesmo uma tradição recente de anarquismo. E vocês tiveram o mérito de, partindo de relações estabelecidas com outros estados, construir um processo sólido em Fortaleza, que vem estabelecendo raízes junto ao povo cearense. Avançaram nas discussões, fortaleceram o trabalho de base e a propaganda.

Fortaleza possui um caminho com o qual nos identificamos. Temos uma trajetória com alguma similaridade, pois, mesmo encontrando na FARJ certo referencial, tivemos de nos desenvolver localmente; tivemos de aprender a caminhar caminhando.

Sem dúvidas, desde sua fundação, a ORL tem construído trabalhos sólidos e aprofundado suas linhas ideológica e estratégica, dando continuidade a uma proposta coerente aos objetivos do anarquismo especifista.

Hoje, a ORL é uma organização chave da CAB, espaço que ajudou a conformar em 2012. Estamos orgulhosos que vocês estejam fortalecendo o anarquismo no nordeste e esperamos que esse esforço possa continuar nos próximos anos, com a mesma motivação que tem caracterizado esses cinco anos de luta.

Arriba l@s que luchan!

Lutar, criar, poder popular!

Organização Anarquista Socialismo Libertário – OASL

São Paulo, novembro de 2013

 

* Os seguintes grupos e individualidades também fizeram saudações à comemoração dos 5 anos da ORL: Coletivo Libertário Delmirense [COLIDE], Núcleo Anarquista Resistência Cabana [NARC], Coletivo Anarquista Ademir Fernando [CAAF], Carlão (Anti-quiprocó), Adelaide Gonçalves (UFC), José Ribamar (Professor da Rede Pública Estadual), Patrícia Ximenes (Psicóloga)

 

[Rusga Libertária] Pedido de Solidariedade Financeira!

Retirado de: http://rusgalibertaria.wordpress.com/2013/11/30/pedido-de-solidariedade-financeira/

São 11 os presos políticos que já foram encaminhados para os seguintes presídios: Carumbé (masculino) e Ana Maria do Couto (feminino). Foi determinado fiança de R$5.000,00 por militante preso, que gera o montante de R$ 55.000,00. Estamos atrás de toda solidariedade possível nesse momento, além do suporte jurídico que já está nos acompanhando. Estamos precisando de apoio financeiro de todos os companheiros e companheiras, lutadoras e lutadores que possam contribuir com qualquer valor para que possamos libertar nossos presos políticos.

Yan Rocha: AG 0686 OP 013 C/P 15585-6 (Caixa Econômica Federal)

Jelder Pompeu de Cerqueira: AG 1461-3 C/C 53860-4 (Banco Bradesco)

Edzar Allen de M. Santos: AG 1216-5 C/C 73070-X (Banco do Brasil)

Texto sobre o ocorrido: http://rusgalibertaria.wordpress.com/2013/11/30/repressao-e-criminalizacao-dos-lutadores-populares-em-mato-grosso/

NÃO SE INTIMIDAR, NÃO DESMOBILIZAR. NENHUM LUTADOR SOCIAL SEM SOLIDARIEDADE!

PROTESTO NÃO É CRIME E NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!Imagem

 

Saiba mais:

Retirado de: http://rusgalibertaria.wordpress.com/2013/11/30/repressao-e-criminalizacao-dos-lutadores-populares-em-mato-grosso/

Repressão e Criminalização dos Lutadores Populares em Mato Grosso

Mais uma vez presenciamos a demonstração dessa ditadura disfarçada de democracia no Estado de Mato Grosso; dessa vez, especificamente no município de Várzea Grande. No dia 29 de novembro de 2013, foi realizada uma manifestação contra a máfia do transporte, que toma conta tanto na cidade de Cuiabá como em Várzea Grande; em Várzea Grande, a população há anos sofre com o descaso dos ditos “representantes” do povo, com enormes problemas na saúde/educação/transporte/moradia, vivenciando cotidianamente os transtornos das obras da Copa do Pantanal.

A população várzea-grandense, além de não possuírem transporte público de qualidade, receberam um presente de natal antecipado, no qual foi construído uma divisão dentro do terminal rodoviário André Maggi. Essa divisão foi feita com catracas e grades de ferro, que força (forçava) a população a pagar duas passagens para poderem pegar outro ônibus e deslocarem-se para outros pontos da cidade e regiões vizinhas. Pode parecer algo simplório, porém, a população não possui o direito de efetuar integração, sem esquecer dos estudantes que não possuem passe-livre estudantil.

Cansados de todo esse abuso gerado pela máfia do transporte (AGER/MTU/EMPRESÁRIOS/PREFEITURA), foi realizada uma manifestação, no dia já citado anteriormente, na qual a própria população aderiu ao ato e arrancou catracas e retiraram as grades que impossibilitavam e aplicavam o roubo contra os passageiros. Foi uma enorme demonstração do quanto a população está cansada de todos esses desvios escancarados para as obras da Copa do Mundo. Foram 25 presospresos políticos, é claro, boa parte menores e que já foram soltos; no atual momento (30/11/2013), estamos contando com 12 presos políticos.

Nossa maior preocupação agora é a possibilidade de os 12 serem destinados para o presídio Carumbé, caso não paguemos fiança para liberação dos mesmos. O delegado determinou fiança de 8 salários mínimos por militante, que gera o montante de aproximadamente R$ 65.000,00. Estamos atrás de toda solidariedade possível nesse momento, além do suporte jurídico que já está nos acompanhando, estamos precisando de apoio financeiro de todos os companheiros e companheiras que possam contribuir com qualquer valor para que possamos libertar nossos presos políticos.

Não podemos esquecer que isso não passa de uma prática de terrorismo psicológico, que muito foi exercida nos períodos da Ditadura Militar na América Latina como um todo.

NÃO SE INTIMIDAR, NÃO DESMOBILIZAR. NENHUM LUTADOR SOCIAL SEM SOLIDARIEDADE!
PROTESTO NÃO É CRIME E NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!

Rusga Libertária / Resistência Popular–MT / MST / Coordenação Anarquista Brasileira-CAB/SINTECT – MT / Autonomia e Luta /