[FAG] NOTA DO SECRETARIADO DA FAG – 08/08/2015

Retirado de:  https://www.facebook.com/FederacaoAnarquistaGaucha/photos/a.376527272358837.94284.302156596462572/1052228838122007/?type=1&theater

De baixo que a luta cria poder popular e rebeldia!

Vivemos mais uma semana de intensos ataques aos direitos dos trabalhadores estaduais e de desmonte do serviço público. O recente pacote de medidas do governador Sartori (PMDB) reafirma sua política privatista que corta na carne do povo oprimido em benefício da manutenção dos privilégios e lucros de governos e patrões.

Nesse contexto, uma série de setores sociais dão fôlego a seus processos de mobilização e indicam a disposição de luta para dar combate a lógica imposta pelos de cima que precariza a vida do povo.

A semana que passou foi palco de diversas mobilizações e ações de rua que no nosso entendimento contribuem para o fortalecimento da organização, capacidade de enfrentamento e acúmulo de forças dos de baixo para o próximo período. Experiências como as greves em curso, os piquetes, as manifestações de rua, o diálogo com a população e os cortes da via pública em todo o Estado são ensaios de um processo que não termina aqui.

Nessa conjuntura, a criminalização veio forte. Por lutar, rodoviários da Carris em solidariedade a paralisação estadual do dia 03/08 foram demitidos, e os servidores municipais da Assistência Social e da Saúde de São Leopoldo-RS, que seguem em greve, sofrem processo de criminalização judicial. Esses são nítidos exemplos de perseguição política e sindical e é emblemático o caso da Carris em que os demitidos são militantes sindicais que tiveram seu direito ao trabalho anulado.

Contra criminalização e as demissões só a luta e a solidariedade dos de baixos são capazes de enfrentar essas medidas repressivas. Pela readmissão dos rodoviários e pelo arquivamento do processo contra os trabalhadores municipais de São Leopoldo!

A próxima semana será de intensa mobilização. Dia 11 de Agosto é dia de somar esforços no Ato Nacional em defesa da Educação Pública. Nas escolas estaduais, dar continuidade a construção de uma greve desde os locais de trabalho, em conjunto com a comunidade e estudantes. Nas Universidades Públicas, dar solidariedade aos trabalhadores da Educação Federal em greve e a luta dos estudantes contra os cortes de verbas do Ensino Superior. É hora de cerrar um só punho contra a perversidade de governos e patrões, além das burocracias sindicais que emperram a luta. Nosso lado é o dos trabalhadores e oprimidos.

Nem com os que mandam por cima, nem com os que reprimem os de baixo.

Federação Anarquista Gaúcha – FAG

[FARJ] Pelo fim de toda polícia!

Retirado de:  https://www.facebook.com/anarquismorj/photos/a.163241370531736.1073741826.161858530670020/409333189255885/?type=1&theater

Os Estados Unidos têm vivido nos últimos anos um acirramento nas tensões raciais, especialmente pelos casos constantes de violência policial envolvendo mortes contra negros e negras. Para vermos quão grave é a situação aqui no Brasil da violência policial, fizemos um pequeno levantamento envolvendo as mortes provocadas pela polícia no brasil e nos EUA.

Segundo estatísticas divulgadas mensalmente pela Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo e do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a Polícia Militar dos dois Estados juntas matou até junho deste ano 690 pessoas (autos de resistência). Considerando a média nos seis primeiros meses do ano, podemos estimar pra julho um total de 805 pessoas mortas pela PM nesses dois Estados de janeiro até julho de 2015. Considerando a população somada dos dois Estados de 60.985.895 pessoas, a PM matou em média 1,32 pessoas a cada 100 mil habitantes em 2015.

O jornal norte-americano The Guardian possui um projeto chamado The Counted onde mantém a conta de quantas pessoas a polícia norte-americana matou, considerando todos os níveis de polícia (Federal, Estadual, Municipal etc.) e somando todos os Estados. Segundo eles, a polícia de lá matou até hoje 690 pessoas em 2015. Considerando a população dos Estados Unidos de 321.362.789, a polícia norte-americana matou em média 0,215 pessoas a cada 100 mil habitantes.

Isso significa que, em média, a PM dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo matam 6,14 mais que a polícia dos Estados Unidos. Além disso, considerando somente a PM desses dois Estados, ela matou mais pessoas em 2015 do que todos os níveis de polícia norte-americana e somando todos os Estados.

Com isso, não queremos dizer que a polícia de lá é melhor ou “mais preparada” do que a da aqui, porque sabemos que a polícia é PREPARADA para fazer exatamente o que ela faz (e com ela não há diálogo possível ou disputa de consciência): reprimir a população pobre .

Estamos tentnado mostrar apenas o quão grave é a situação que estamos vivendo no Brasil, em especial a de negros/negras e moradores e moradoras de favela.

Pelo fim de toda polícia!
Tem que acabar!

Fontes: São Paulo – http://www.ssp.sp.gov.br/; Rio de Janeiro – http://www.isp.rj.gov.br/; The Counted (Guardian) – http://www.theguardian.com/us-news/ng-interactive/2015/jun/01/the-counted-police-killings-us-database

[CABN] Boletim jul/2015

Retirado de: http://www.cabn.libertar.org/boletim-jul2015/

Salve companheirada!

Neste boletim de julho: Jornal Socialismo Libertário #30; Greve IFC – Araquari; Solidariedade ao povo curdo em Joinville; Amanhecer Contra a Redução – Floripa; III Encontro Sul da CAB; Relato do Arraial da Ponta do Coral

Jornal Socialismo Libertário #30

A Coordenação Anarquista Brasileira lançou nova edição de seu jornal com uma análise do atual momento político e econômico, apontando as tarefas para a militância no próximo período. O jornal pode ser lido aqui:
http://www.cabn.libertar.org/cab-jornal-socialismo-libertario-30-julho2015/

Greve IFC – Araquari

O CABN apoia a greve de servidoras e servidores técnicos do IFC em Araquari, que vem demonstrando força e grande mobilização em suas atividades. Em defesa da educação pública! Só a luta muda a vida! Confira o relato de importante atividade de greve na semana passada:
http://greveifc.wix.com/blog#!ENCONTRO-PARA-DEFINI%C3%87%C3%95ES-E-TROCA-DE-EXPERI%C3%8ANCIAS/c218b/55b95dfc0cf27acb2d8c3fa9

Solidariedade ao povo curdo em Joinville

O CABN convida todas e todos para uma Roda de Solidariedade ao Povo Curdo no domingo, 16 de agosto, no Centro de Direitos Humanos de Joinville. “A proposta da atividade é contrapor o discurso dominante na grande mídia mundial, inclusive a brasileira, que trata a resistência popular curda como “terrorismo”, escamoteando o novo ar que o povo curdo apresenta à esquerda mundial.” Mais informações aqui:
http://www.cabn.libertar.org/joinville-roda-de-solidariedade-ao-povo-curdo/

Amanhecer Contra a Redução Floripa

A campanha Amanhecer Contra a Redução está mobilizada em Florianópolis para disputar a opinião pública e mobilizar a sociedade contra a redução da maioridade penal. A próxima ação é organizar o Festival Amanhecer, usando da arte e cultura para agregar a juventude e debater sobre por que a “redução não é solução”! O momento é de conseguir apoio e contribuição para realizar o festival. Confira o vídeo e apoie:
https://www.youtube.com/watch?v=V6AXXiZpUUw
https://www.facebook.com/AmanhecerFloripa

III Encontro Sul da CAB

“Nos dias 4 e 5 de julho, reunimos em Curitiba delegações do Coletivo Anarquista Luta de Classe (Paraná), Coletivo Anarquista Bandeira Negra (Santa Catarina) e Federação Anarquista Gaúcha (Rio Grande do Sul) para tratar da conjuntura atual, a coordenação de nossas frentes de atuação sindical, estudantil e comunitária, e também as campanhas da CAB para o próximo período.” Leia a declaração completa do III CAB-Sul aqui:
http://www.cabn.libertar.org/declaracao-do-iii-encontro-regional-sul-da-coordenacao-anarquista-brasileira-2015/

Relato do Arraial da Ponta do Coral – Florianópolis

O Movimento Ponta do Coral 100% Pública organizou, no sábado passado, um arraial comunitário na área, onde luta pela mudança de zoneamento para Área Verde de Lazer e a constituição do Parque Cultural das 3 Pontas, uma área pública, de lazer, de preservação ambiental e cultural. Leia mais:
https://parqueculturaldas3pontas.wordpress.com/2015/08/02/relato-do-arraial-na-ponta-do-coral/

Encerramos o boletim com o trabalho de muralismo do Coletivo Pintelute de Joinville, realizado durante o evento Ocupa Rock, na Cidadela Cultural de Joinville. Não à violência de gênero!

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[RL] Quem é Lucy Parsons?

Retirado de: https://www.facebook.com/RusgaLibertariaRL/photos/a.295628697234842.1073741828.295624600568585/727407614056946/?type=1&fref=nf

Estamos dando início na divulgação da cartilha, a primeira de duas programadas para lançamento, que estamos pra lançar.
essa primeira é em cima da tradução que realizamos recentemente, mas deixemos pela própria apresentação falar um pouco mais… Aguardem maiores informações!

Apresentação Rusga Libertária
O texto que disponibilizamos nesta cartilha é uma tradução, realizada coletivamente, do inglês para o português. O artigo foi escrito por Casey Williams e aborda um pouco da vida da anarquista estadunidense Lucy Parsons, a partir da discussão em torno da apropriação que, muitas vezes, se faz de sua biografia. Em primeiro lugar, nosso objetivo é publicizar material sobre Lucy, já que existem poucas publicações em língua portuguesa que tratem dessa importante militante; em segundo, a escolha desse artigo baseia-se no caráter abrangente das informações que ele nos traz, passando por acontecimentos de sua vida, questões discutidas a respeito de seu envolvimento nas diversas lutas de seu momento histórico, além da tentativa de uso do seu nome por conveniência acadêmica ou politiqueira.

Para nós anarquistas, manter viva a memória das/os muitas/os que lutaram no decorrer da história é uma tarefa sempre necessária, dado o fato de que o apagamento de nossas participações nesse curso não é raro. Quando se trata de uma militante mulher, sabemos que esse apagamento é ainda mais feroz. E é por isso que cabe a nós relembrar mulheres como Louise Michel ou Lucy Parsons, ou tantas outras cujas histórias estão por aí nos cantos da História oficial; empurradas para debaixo do tapete pelos que contam a história da ótica do Estado, do patriarcado, do sistema e sua ideologia. Cabe a nós sacudirmos a poeira deixada sobre a participação dessas mulheres e mostrarmos que suas vozes se fizeram ouvir em suas épocas; que suas vidas, construídas com protagonismo de suas lutas, estiveram contadas nas entrelinhas oficiais, mas podem ser conhecidas pelos esforços daqueles que se dedicam ou dedicaram a mantê-las vivas.