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[CAB] 28 de Abril: Greve Geral nacional e a demonstração de força da classe oprimida

https://anarquismo.noblogs.org/?p=735

Ontem, 28 de abril de 2017, foi um dia de grande importância para a luta da classe oprimida do país. A resistência frente às políticas de ajuste fiscal e de corte nos direitos representado pelas reformas da previdência e trabalhista se fez sentir em todos os estados e em milhares de cidades brasileiras. Paralisações, piquetes, bloqueio de vias públicas e rodovias estaduais e federais com pneus em chamas, marchas unitárias e enfrentamentos com as forças da repressão deram o tom das mobilizações.


Participaram estudantes do ensino básico e superior, professores municipais, estaduais e federais, trabalhadores do transporte (rodoviários, metroviários), metalúrgicos, trabalhadores da saúde, limpeza e municipários em geral, trabalhadores da construção civil, comerciários, bancários, trabalhadores dos correios, indígenas, lutadores sem teto e sem terra, moradores de periferias e uma série de outros segmentos dos de baixo. Informações dão conta de que a greve geral de hoje contou com uma importante participação de setores do operariado em regiões como ABC paulista, Curitiba, Manaus e Belo Horizonte. A seu modo, cada segmento da nossa classe contribuiu com uma semente de luta e ação direta na jornada de luta do dia de hoje.

O dia não passou sem confrontos. As polícias militares de vários estados agiram com truculência reprimindo as iniciativas de mobilização. Foi assim em SP onde houve detenções de lutadores do MTST e repressão; no RJ onde a repressão brutal caiu com força sobre os manifestantes na saída da mobilização em frente à Assembleia Legislativa do RJ (ALERJ) e em outras partes do centro da cidade; no RS em que a Brigada Militar dispersou com bombas de gás piquetes em garagens de ônibus e em vias públicas ou com a agressão da guarda municipal de Porto Alegre contra colegas municipários que trancavam a entrada da prefeitura.

Michel Temer se pronunciou de forma breve apenas no final do dia. Criticou o trancamento das vias públicas e disse que a “modernização” do país seguirá, fazendo pouco caso da luta de hoje. Seu Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi além e disse que a greve geral teria sido um fracasso, ignorando, assim como a grande mídia, a envergadura do conjunto de mobilizações a nível nacional. Mídia essa que segue martelando a necessidade das reformas e mentindo descaradamente sobre seu conteúdo.

Sabemos dos limites do conjunto do movimento sindical, do papel nefasto cumprido pelas burocracias sindicais na desorganização da nossa classe, mas apostamos em dias como o de hoje para nos colocarmos em movimento, experimentando a solidariedade e a ação direta de forma concreta e plantando sementes de Poder Popular. No RS, SC, PR, MT, SP, RJ, MG, AL, PA e CE a militância das Organizações da CAB tomou seu posto de luta em cada frente social e iniciativa direta dos e das de baixo que pudemos participar. A Greve Geral do dia 28, sabemos, ainda não é a reposta a altura e merecida dos governos e patrões na atual correlação de poder. Mas foi uma demonstração inegável do poder e da capacidade da classe oprimida em colocar um freio na sanha dos capitalistas e seus lacaios. É na luta e na ação direta que se cria Poder Popular e Rebeldia!

Rumo a um 1º de Maio de Memória, Luta e Resistência!
Contra o ajuste e a repressão, Luta e Organização!
Coordenação Anarquista Brasileira – CAB

[FACA] NOTA CONTRA CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Retirado de: https://faca.noblogs.org/post/2016/01/14/nota-contra-criminalizacao-dos-movimentos-sociais/

A Federação Anarquista Cabana [FACA] vem por este publicar nota de repúdio a condenação de militantes dos movimentos sociais no sudeste paraense.download

     É com todas nossas forças que nos solidarizamos com a luta das companheiras e companheirosdo Sudeste paraense que enfrentam mais uma batalha contra os grandes projetos instalados na Amazônia. Euvanice de Jesus Furtado, Roquevam Alves da Silva (Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB) e Roger Balieiro Veiga foram condenados a prisão por acusações arbitrárias exercidas pelas estratégias dos agentes de dominação desse sistema. Clausurar aquelas e aqueles que se erguem contra a estrutura social perversa, só fortalecerá a união dos de baixo.

     Acusa-los e sentencia-los com rotulações do ato de “invasão” e o movimento social de “formação de quadrilha” é no mínimo um contrassenso. Quem na verdade forma quadrilhas e invadem terras de comunidades indígenas e ribeirinhas certamente são as empreiteiras e os governos e seus planos e projetos de desenvolvimento para os ricos. Pois é sabido que a política de construção hidrelétrica para o Brasil é uma política de subsidio às empreiteiras. Projetos e planos escusos são planejados por de baixo dos panos para construção de hidrelétricas, tais planos como o pouco conhecido PLANO 2010 (concebido na década de 1980) que de acordo com este se todas as hidrelétricas planejadas forem construídas serão inundados 10 milhões de hectares (100.000 km2), aproximadamente a área territorial da região do Marajó no estado do Pará.

     A condenação se deu por causa da manifestação na usina hidrelétrica de Tucuruí em Maio de 2007. Essa foi uma ação coordenada pelo MAB e foi realizada por famílias atingidas pelas instalações do empreendimento, controlado pela Eletronorte, e contou também com outros movimentos sociais. Esse é mais um exemplo dessa conjuntura de criminalização dos movimentos sociais pelos aparelhos repressivos do Estado, contra companheiras e companheiros de luta de diversas localidades do Pará e do Brasil.

     O enfrentamento é a única forma que as/os de baixo tem para serem ouvidos, pois as leis são elaboradas pelos de cima, para os de cima. As trabalhadoras e trabalhadores, do campo e da cidade, cerraremos os punhos e lutaremos ombro a ombro contra as injustiças lançadas ao nosso povo.

“em defesa dos direitos dos atingidos e atingidas, em defesa da água e da energia e pela construção de um Projeto Popular para o país” MAB.

Federação Anarquista Cabana – FACA

Criar povo forte!

[FACA] CONTRA A VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Retirado de: http://faca.noblogs.org/post/2015/12/17/contra-a-violencia-de-genero/

A questão de gênero é um assunto que por muito tempo foi ignorado, negligenciado, secundarizado e relegado a debates menores. Porem, a luta da mulher se faz presente cotidianamente, ontem, hoje e será no amanhã, resistindo às inúmeras formas de opressão socialmente construídas dentro da cultura patriarcalista/machista que somado ao capitalismo potencializa sua perversidade se tornando mais uma de suas facetas. Pois as situações de violência e humilhação que são colocadas tantas mulheres aqui, ali e acolá ao redor do globo, nos colocam em contradição na medida em que nossa luta contra todas as formas de dominação e opressão não pode apenas tangenciar tais situações. Cada mulher é única (somos únicas) e nossa representação se firmará com o nosso protagonismo. Pois a luta delas, também deve ser a luta deles, e assim frear o avanço do conservadorismo e das pautas que retrocedem aos direitos conquistados com muita peleia.

download    Dentre as questões propostas ao longo da histórica para construção do gênero feminino (pelo conservadorismo machista), surge de maneira muito incisiva e como ponto de discussão o que é feminino e masculino? A mulher tem seu universo restringido por convenções machistas impostas a ela, enquanto o homem desfruta das mais variadas situações e privilégios. Portanto, fazer hoje, no agora, construção de cultura pela igualdade de gênero e pela liberdade das/dos indivíduos, pelo protagonismo feminino somando forças na luta de nosso povo oprimido contra as investidas do opressor que é machista e capitalista.

     Assim nossa pratica deve refletir bem isso e funcionar, sobretudo, como instrumento de mudança do atual sistema machista e capitalista para a sociedade almejada por nós, que lutamos pelo apoio mútuo, pela autonomia, onde a igualdade e o respeito existiriam para além dos limites da mediocridade capitalista, e do discurso individualista que coopta, banaliza e sexualiza a essência do feminino.1

     A padronização do corpo feminino, com regras estéticas que enquadra no tipo imposto pela mídia, também se torna responsável pela limitação de nossa liberdade, já que o meio social e também midiático é responsável por exercer um certo tipo de corpo para uniformizar os gostos e com isso normatizar a beleza, que até um certo ponto, deixa de ser relativa. Somos cotidianamente pressionadas a assumirmos posturas consideradas femininas, sob uma performance do que é mostrar ser feminina e o corpo acaba sendo alvo de destaque que assim sobrepõe, nossa própria identidade, tal padronização responsável por dar um sentido à noção de beleza da mulher, também constrói a noção de pertencimento, infere à mesma uma noção de valor a partir da comparação do seu corpo com os corpos ao seu redor.

     A lógica de mercado capitalista aplicada na produção de objetos, aplica-se na maneira de pensar e agir, a exemplo da expressão: “vou me produzir”. Há uma produção, de um objeto, para um mercado. Objeto este que precisa ser sempre renovado, produzido e re-produzido para que se torne sempre visível, chamativo e fetichizado, seguindo sempre a ditadura dos padrões estéticos machista que são bombardeados pela mídia.muralezln2

     A mulher não pode ser vista enquanto “mercadoria”, porque diferente dos objetos, nós mulheres possuímos autonomia pra ser quem quiser, agir como quiser e trabalhar onde quiser. Nosso corpo obedece às nossas regras e nossos limites. Não podemos ser coisificadas, a ideologia de consumo e do comportamento serve para nos aprisionar e paralisar diante das diversas injustiças que temos que enfrentar diariamente por conta dessa logica.

     Se as assimetrias das relações de gênero nunca deixaram de existir, sobretudo pela imposição cultural e histórica da dominação masculina, por outro lado há de se criar uma outra cultura orientada pela igualdade entre mulheres e homens, alicerçada no socialismo e impulsionada pela liberdade.

PELA LUTA POR UMA SOCIEDADE IGUALITÁRIA, SEM CLASSES, NEM DESIGUALDADE DE GÊNERO!

E NÃO À SEXUALIZAÇÃO DOS NOSSOS CORPOS!

[CAB] DECLARAÇÃO DO ENCONTRO NORTE/NORDESTE DA COORDENAÇÃO ANARQUISTA BRASILEIRA (CAB) – OUTUBRO 2015

Retirado de: http://anarquismo.noblogs.org/?p=330

No sertão da Bahia, organizações anarquistas afinadas com a corrente especifista, estiveram reunidas nos dias 10, 11 e 12 de outubro, dando continuidade à construção dessa estratégia, especialmente, nas partes do Norte e Nordeste do mapa brasileiro. Este VI Encontro das Organizações Anarquistas Especifistas do NO/NE, teve como particularidade, ser o I como Encontro NO/NE da CAB. Ou seja, todas as organizações participantes, já estão agrupadas organicamente na Coordenação Anarquista Brasileira ou demonstram interesse em tal objetivo.

O discurso de “crise” vai muito além de consequências meramente econômicas. Ele cumpre um papel ideológico na desmobilização das ações populares, mesmo aquelas de cunho apenas reivindicatório. Os cortes de verbas, com a “necessidade” do ajuste fiscal, têm fomentado um contexto social de perda de direitos trabalhistas (a exemplo do PL 4330 – que amplia e legitima um modelo de trabalho precarizado através da terceirização) de aumento da carestia de vida, das chantagens do cassino econômico, a ascensão da criminalização dos protestos – através da intensificação da repressão (como a Lei Antiterrorismo e seu papel na tentativa de silenciar @s que lutam), a redução da maioridade penal – aliada ao fechamento de escolas públicas e abertura de presídios, o desmantelamento de setores públicos como incentivo a privatizações, entre outras ações que representam os interesses do Estado e Capital privado na manutenção do status quo e do controle social.

A ascensão de pautas progressistas que se vislumbrou nas jornadas de junho de 2013, hoje é contrastada por uma direita política e econômica mais articulada e retrógrada. O descrédito das instituições sociais e dos partidos políticos, acompanhado de uma “política do medo” – que legitima políticas segregacionistas e racistas em relação aos espaços públicos –, contribuem para a despolitização dos de baixo e o acirramento das disputas dentro da própria classe trabalhadora.

Neste contexto de midiatização política onde é desenhada uma falsa polarização entre PT e PSDB (e nesta seara, o fortalecimento do PMDB para a retomada da governabilidade), opor-se às ordens petistas, é visto como automática aliança às ideias tucanas. Existe um imaginário onde o Partido dos Trabalhadores ainda encontra-se no conjunto de organizações da classe trabalhadora (mesmo que como traidor desta). Nesse sentido, a oposição ao PT reverbera em diversos setores da luta popular, tendo gerado como uma das consequências o abandono a toda e qualquer forma de mobilização. Rejeitamos frontalmente tal modelo, por enxergarmos que há uma confluência de interesses na política parlamentar, e estes, estão longe de serem favoráveis às necessidades, anseios e sonhos d@s oprimid@s. Sendo assim, as ações de resistência d@s trabalhador@s, como greves, paralisações e piquetes, vêm sendo tomadas cada vez mais de forma independente, visto que as centrais sindicais se articulam apenas para a defesa do governo e não da nossa classe.

Este cenário, ao passo que se constitui ambiente favorável à emergência de posicionamentos fascistas, lança, na outra mão, grandes desafios às organizações libertárias de hoje. As denuncias à institucionalização das lutas sociais, sempre estiveram presentes na práxis anarquista. Assim, princípios, para nós, inegociáveis, apontam um caminho que, em sua longa estrada, empodera @s de baixo, fortalecendo e federalizando as lutas populares em ação direta. Contra todas as formas de opressão, com solidariedade de classe. Urge a necessidade de alternativas não parlamentares, com alianças táticas, construídas à luz das nossas experiências históricas, objetivando uma sociedade radicalmente diferente desta. É nisto que acreditamos. É por isto que estamos aqui.

Fórum Anarquista Especifista (FAE) – BA
Federação Anarquista dos Palmares (FARPA) – AL
Organização Resistência Libertária (ORL) – CE
Coletivo Anarquista Organizado Zabelê (CAOZ) – PI
Federação Anarquista Cabocla (FACA) – PA

Feira de Santana/Bahia, 11 de outubro de 2015

cab

[CABN] Boletim CABN dez/2014

Retirado de: http://www.cabn.libertar.org/boletim-cabn-dez2014-2/

Salve companheirada!

Neste boletim de dezembro: lutas contra o aumento das tarifas, fim de ano, luta dos povos indígenas, especifismo na região Norte-Nordeste.

Lutas contra o aumento das tarifas

No início de 2015, quem está fazendo a festa são os empresários do transporte e as prefeituras que os defendem. Aumentos nas tarifas dos ônibus aconteceram em várias grandes cidades, enquanto outros estão programados. Frente a mais essa exploração, jornadas de lutas estão sendo articuladas em diversas cidades (ver panorama aqui).

Em Joinville, a primeira manifestação foi convocada pelo Movimento Passe Livre – Joinville para o dia 7 de janeiro (quarta-feira), às 18h, na Praça da Bandeira:
https://www.facebook.com/events/629687913804395/

Em Florianópolis, o primeiro ato da jornada contra o aumento das tarifas interurbanas e a proposta de aumento nas tarifas municipais foi chamado para o dia 13 de janeiro (terça), concentração 17h30, em frente ao TICEN:
https://www.facebook.com/events/631746526934741/

Nessa segunda (05/01), a Frente de Luta pelo Transporte Público se reúne na sede do SINTRATURB, às 19h, para articular os trabalhos e a jornada de lutas nesse início de ano.Todas e todos nas ruas! Se as tarifas aumentarem, as cidades vão parar!

Fim de ano

O CALC, organização anarquista especifista do Paraná, publicou um balanço das lutas em que estiveram envolvidos em 2014, junto a um chamado para um 2015 de mais organização, resistência e luta. Leia aqui:
https://anarquismopr.org/2014/12/31/2014-acabou-mas-em-2015-a-luta-continua/

Além disso, a Rusga Libertária, nossa organização-irmã da Coordenação Anarquista Brasileira em Mato Grosso, publicou também uma crônica sobre a passagem de ano e o contexto repressivo em que vive o Brasil:
http://rusgalibertaria.wordpress.com/2014/12/31/cronica-para-2014-bye-bye-2014-a-ultima-ficha-caiu/

Por um 2015 com mais organização popular, luta social, solidariedade e autogestão!

Luta dos povos indígenas

Compartilhamos por aqui o texto de análise da Federação Anarquista Gaúcha sobre a atual conjuntura para as lutas dos povos indígenas e quilombolas, frente à bancada ruralista e conservadora no Congresso e das alianças entre os DE CIMA (digam-se de direita ou esquerda) contra nossos direitos. Leia aqui:
http://www.cabn.libertar.org/fag-aos-povos-do-campo-da-cidade-e-da-floresta-nossa-solidariedade/

Especifismo na região Norte-Nordeste

Republicamos também a declaração do V Encontro do Norte e Nordeste de Organizações Anarquistas Especifistas, realizado no fim de novembro. Segue a construção do anarquismo especifista no Brasil! Pela construção do Poder Popular!
http://www.cabn.libertar.org/declaracao-do-v-encontro-do-norte-e-nordeste-das-organizacoes-anarquistas-especifistas-2014/

Saudações libertárias!
Coletivo Anarquista Bandeira Negra, integrante da Coordenação Anarquista Brasileira
ca-bn@riseup.net | http://cabn.libertar.org
Para entrar em nossa lista de notícias, envie um e-mail para ca-bn@riseup.net.

[CAB] Declaração do V Encontro do Norte e Nordeste das Organizações Anarquistas Especifistas – 2014

“[…] A revolução universal é a revolução social, é a revolução simultânea do povo dos campos e das cidades”

Mikhail Bakunin

Reunidos nos dias 28, 29 e 30 de Novembro de 2014, em Maceió, o V Encontro do Norte e Nordeste das Organizações Anarquistas Especifistas cravaram de forma solida e madura um espaço permanente e fértil para os debates políticos, acúmulos organizativos, fomento da luta, solidariedade e trocas de experiências.

Em nosso V Encontro, recebemos de braços abertos a Organização Anarquista Maria Iêda, de Pernambuco. Em nossa caminhada rumo ao Socialismo Libertário nos agrada saber que em mais um passo que damos outra organização irmã decidiu trilhar o mesmo caminho. Com muita satisfação comemoramos a ampliação da discussão em torno do especifismo na Bahia, e por conta dessa ampliação hoje o Coletivo Anarquista Ademir Fernando – CAAF compõe o Fórum Anarquista Especifista, FAE-BA, processo que está sendo animado em quatro cidades. Com a mesma felicidade e sentimento de irmandade agradecemos também a presença e colaboração da Federação Anarquista do Rio de Janeiro – FARJ em nosso encontro. Os anarquistas especifistas em luta no Norte e Nordeste unidos e de prontidão para a transformação social agradecem as ricas e valorosas presenças em nosso meio.

O evento possibilitou trocas de experiências teóricas, organizativa e social, uma ampla análise de conjuntura, repasses entre organizações e acordos mínimos para continuarmos caminhando em um sentido anticapitalista. Temos a certeza que mais alguns tijolos para o alicerce do poder popular foram firmados.

De pé estamos e lutaremos sem fim diante dessa nossa complexa realidade no Norte e Nordeste, que por si só não se explica, o jogo perverso do capitalismo ultrapassa fronteiras abstratas. Os lugares e suas particularidades estão conectados dentro de uma totalidade complexa e que pautada no espaço e no tempo alguns elementos econômicos, políticos, culturais e sociais são semelhantes e são construídos dentro de contextos específicos em cada Estado. Projetos de dominação e exploração seguem a todo vapor em uma escala mais ampla sem respeitar território ou fronteira e de forma ampla devem ser combatidos.

Ao buscarmos a organização a um nível mais abrangente pretendemos acumular força social para enfrentarmos um conjunto de forças capitalistas e repressoras em nosso cotidiano. Portanto, combateremos sem fim os elementos de dominação apontados por nossa militância nos diversos Estados onde atuam, como exemplo: as oligarquias familiares que dominam o campo e a cidade; os mega projetos/investimentos nas cidades que geram remoções e acúmulo de capital para as grandes empresas; aumento do aparato repressor do Estado e privado; violência contra juventude negra/pobre da periferia; sucateamento da saúde e da educação, um processo de mobilidade urbana elitista que visa o escoamento das mercadorias, rapidez na produção capitalista e lucros para os empresários do transporte; o avanço reacionário da chamada “bancada da bala” e da lógica da democracia representativa em si; o encarecimento dos alimentos a partir da substituição do camponês pelo pequeno produtor de monoculturas orientado para o biocombustível e o nefasto modelo do agronegócio.

Sendo assim, não tá morto quem peleia! 2014 muito fizemos e para 2015 disposição não faltará para avançarmos. Que possamos nos organizar, lutar e criar poder popular para combatermos de frente o dominador. Os mecanismos repressores não cessarão e nossa resposta deve ser firme nas lutas concretas. Organizar já e lutar sempre rumo ao poder popular!

Lutar, Criar, Poder Popular!

Assinam esta declaração:

Fórum Anarquista Especifista, (FAE) – Bahia
Organização Anarquista Maria Iêda – Pernambuco
Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP) – Alagoas
Coletivo Libertário Delmirense (COLIDE) – Alagoas
Organização Resistência Libertária (ORL) – Ceará
Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC) – Pará

cab

[NARC] JORNADA BAKUNIN

Retirado de: http://resistenciacabana.noblogs.org/post/2014/05/13/jornada-bakunin/

JORNADA BAKUNIN é uma atividade do Núcleo Anarquista Resistência Cabana(NARC) em memoria ao aniversário de 200 anos de Mikhail Aleksandrovitch Bakunin um dos principais teóricos do pensamento politico anarquista e uma de nossas inspirações ideológicas e práticas.

JORNADA BAKUNIN acontecerá em Marabá, em Belém e em Bragança com o objetivo maior debater, divulgação e propaganda do ideal anarquista, combater o senso comum acerca do que vem a ser o anarquismo e mostrar que pode ser uma ferramenta e alternativa na organização dos indivíduos frente ao sistema de dominação capitalista e estatal. A Jornada Bakunin em Marabá será no dia 17/05 no auditório da Universidade Federal do sul e sudeste do Pará (UNIFESSPA) às 17h.com palestras, exposições e vídeos. A Jornada Bakunin em Belém e Bragança mais informações nos proximos dias.

VIVA O ANARQUISMO, VIVA BAKUNIN!

JORNADA BAKUNIN
“Confiemos no eterno espírito que destrói e aniquila apenas porque é a inexplorada e imperecível criativa origem de toda vida, A ânsia de destruir é também uma ânsia criativa” – Bakunin.

[CAB] DECLARAÇÃO DO IV ENCONTRO NORDESTE DAS ORGANIZAÇÕES ANARQUISTAS ESPECIFISTAS

Retirado de: http://www.resistencialibertaria.org/index.php?option=com_content&view=article&id=112:declaracao-do-iv-encontro-nordeste-das-organizacoes-anarquistas-especifistas&catid=89:documentos-regionais

DECLARAÇÃO DO IV ENCONTRO NORDESTE DAS ORGANIZAÇÕES

ANARQUISTAS ESPECIFISTAS

De 14 a 16 de novembro realizamos o IV Encontro Nordeste das Organizações Anarquistas Especifistas. Desta vez também contamos com a presença do Coletivo Anarquista Ademir Fernando (CAAF) da Bahia e da região Norte, o Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC). O Encontro foi marcado pela comemoração dos 5 anos de existência da Organização Resistência Libertária (ORL), bem como evidenciou a confluência das análises realizadas pelas 6 organizações políticas presentes acerca do período recente das lutas sociais no Brasil e seus apontamentos futuros.

Vale ressaltar nossa imensa alegria e avanço politico de ter presente a companheirada do norte do país, que reassume seu posto na luta – porque já vem de uma geração anterior do anarquismo especifista. Retoma os trabalhos em um rico encontro de gerações fraternalmente associadas pelo sincero e combativo espirito anarquista fundado em princípios caros a nossa tradição, como são o apoio mútuo, a solidariedade e independência de classes, a ação direta, a autogestão, entre tantos outros que nos nutrem para continuar na luta pelo socialismo libertário.

Nosso internacionalismo, entretanto, não nos faz deixar de refletirmos sobre o solo em que pisamos. Salvando as devidas diferenças históricas, as regiões Norte e Nordeste guardam inúmeras semelhanças desde a origem da invasão brasileira, onde, deveria ser explorado ao máximo ambas as regiões, sem necessidade de contrapartida. Hoje ainda temos que lidar com uma estrutura arcaica que mantém altos índices de analfabetismo e sucateamento escolar, jovens vítimas de armas de fogo, insuficiência e precariedade no acesso à saúde pública, desnutrição e “comercialização da seca” em pleno século XXI, traços estes marcantes de uma herança coronelista e provinciana. Estas e outras questões ampliam a necessidade de pensarmos para além do teto, sem tirarmos os pés do chão. As imagens vendidas pelos grandes empresários e governantes destas regiões contrastam com a realidade da classe oprimida que sobrevive com suor no rosto e sede de luta. Nesse cenário, nossa estratégia especifista vem avançando, pois pensamos o todo sem deixarmos de considerar os sotaques e particularidades distintas, que se unem na luta anticapitalista pela construção de um Povo Forte e pelo Socialismo Libertário.

Este rico encontro regional e geracional nos possibilitou melhor compreender que “junho não começou em junho”: as jornadas de lutas populares já vêm de longa data! Não cremos nas palavras tão difundidas de que o gigante acordou, porque a periferia nunca dormiu: ela precisa estar sempre muito alerta para continuar resistindo aos terrorismos do estado, diuturnamente! Afirmar que o povo acordou seria a negação das inumeráveis batalhas cotidianas e históricas presentes no Brasil (e em todo o mundo, porque internacionalista!), de norte a sul. São as lutas indígenas, quilombolas, das mulheres, dxs obreirxs, dxs desempregadxs, dxs sem teto, sem terra, entre outrxs oprimidxs que se confundem, se encontram, sofrem e resistem a toda sorte de serem as periferias dos poderes centralizadores.

Mesmo assim, a tendência majoritária da opinião pública fabricada consiste no esquecimento de nossa ancestral luta contra a dominação. Exemplo recente desta combatividade invisibilizada são os setores (porque alguns estão fragilizados) dos povos originários no norte do país em enfrentamento às forças do capital que só estabelecem relações predatórias, levando-os, no limite, ao suicídio coletivo. As demonstrações desta autodestruição são muitas e cada vez mais crescentes, ancoradas, por exemplo, em uma lógica neodesenvolvimentista que casa com as identidades de países emergentes aspirando “sentar à mesa” das chamadas superpotências, retroalimentando os ciclos de dominação global. O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é uma expressão destes agrupamentos de interesses de capitais transnacionais na sua busca por força a fim de fazer frente aos estados mais fortes até então.

Há várias ações de sustentação em âmbito local e regional deste panorama atual do capitalismo globalizado. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é só uma pequena parte em escala nacional do que na América do Sul esta sendo chamado de Iniciativa para Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul (IIRSA). Esta iniciativa pode ser considerada uma nova Aliança para o Livre Comercio das Américas (ALCA), porém muito mais astuciosa e eficiente, uma vez que figura como se fosse um processo livre do sul da América em seu próprio benefício, utilizando-se, inclusive, do discurso da integração regional com referências a notáveis figuras que se firmaram neste imaginário como mártires da luta contra o colonialismo e pela independência.

Estão sendo construídas rotas diversas para a facilitação do fluxo de matérias-primas em nosso subserviente capitalismo extrativista e importador de produtos. Os megaeventos entram nesta cadeia produtiva econômica colaborando politicamente para que se gere uma série de pressões sociais no espaço urbano, materializando as políticas de higienização social e gentrificação das cidades. Quem se localiza na periferia do poder é jogado ainda mais para escanteio, empurradxs cada vez mais para as margens territoriais deste mundo hegemonizado pela injustiça!

Nos campos e nas cidades, as forças predatórias do capital se expandem. A UHE Belo Monte (na bacia do rio Xingu, município de Altamira no Pará) é um caso emblemático dentro desta nossa leitura, porque é expressão destes megaempreendimentos alimentados pelo neodesenvolvimentismo que ignora o respeito à natureza e aos modos de vida dos povos indígenas, ribeirinhos, caboclos e camponeses em geral.

Já as manifestações iniciadas em junho de 2013, bastante midiatizadas, deram maior visibilidade a diversas questões e contradições sociais existentes, bem como inúmeras bandeiras de luta. Em meio à Copa das Confederações da FIFA no “país do futebol”, adveio uma ebulição social inesperada que levou às ruas multidões de pessoas, rompendo com um período de refluxo de grandes movimentações no meio urbano. Contudo, a maré de levantes deve ser analisada com profundidade em relação ao seu conteúdo político no sentido de não ficamos a mercê dos movimentos transitórios. Devemos aprender mais e melhor a desenvolver as forças sociais na perspectiva de pôr fim aos sistemas de dominação.

O modelo de manifestação vendido pela “opinião pública” consistiu na ampla marcha cívica, na participação passiva, na passeata pela liberdade abstrata, em detrimento das pautas sociais vivas, embora em muitas cidades o estopim tenham se dado a partir de problemas específicos, como o Passe Livre e a Copa do Mundo. Restou evidenciado o discurso pacifista do “não vandalismo”, a tímida presença de movimentos sociais e organizações sindicais de base, o recrudescimento da repressão policial, midiática e judicial, regado por um forte nacionalismo febril que pairou no ar. Precisamos de mais agudeza na análise e dureza na atuação para revirar o jogo! Diante da ampla repressão e toda sorte de perseguições sofridas pelo povo lutador, foi inevitável também o desgaste da imagem do Estado e dos Governos, tanto no cenário local quanto internacional, em um momento em que o Brasil se lança em forte campanha no panorama exterior como um grande país em vias de desenvolvimento, sediando diversos eventos mundiais, a exemplo das Copas e da Olimpíada.

Na dinâmica das lutas, ficamos mais convencidxs de que a nossa forma de lutar sempre será colocada à prova, porque o processo histórico julga implacavelmente a legitimidade de nossa presença, ombro a ombro com a classe. O rechaço aos partidos políticos é um exemplo disso: é fruto da falta de referência que estas mesmas organizações construíram. Nós anarquistas não podemos ser responsabilizadxs por isto. Este entendimento exige a indispensável e profunda autocrítica. Todavia, fomos atacadxs por várias forças autoritárias, de direita e de esquerda, em suas incapacidades de sequer dar respostas e se fazerem funcionais no processo. Não entramos nestas querelas. O que precisamos é que nossa análise possa alertar para compreensão dos diferentes papéis e as táticas possíveis de luta, bem como apontar alianças sociais e ferramentas que ampliem as forças pela construção do Poder Popular. Faz-se necessário muita humildade, coesão, coragem e disposição para aprender na luta. Assim a classe faz tremer o poder dominador!

Neste sentido, ressaltamos a importância de sempre pensar/atuar com vistas ao curto, médio e longo prazo. Aqui situa-se o debate acerca da tática Black Bloc, que equivocadamente tem sido entendida como um grupo, movimento, etc. Trata-se de uma ferramenta de luta, que possui limitações, mas que deve estar a serviço da resistência popular frente às forças de repressão do Estado acionadas quando rompemos o controle mental e nos fazemos multidões nas ruas. Não esqueçamos que os aparelhos policial-militares de manutenção da ordem vigente fundam-se na astuta lógica do monopólio da violência “legítima” pelo estado em “defesa da sociedade”, mas que atuam contra esta mesma.

O ano 2014 mostra-se com fortes indicações de que terá conjuntura mais radicalizada, uma vez que ocorrerá a Copa do Mundo, será ano de eleições, haverá encontro do BRICS em Fortaleza a fim de criar seu banco, dentre outros fatores. Para este cenário, devemos tentar nos antecipar afim de garantir meios de reverter ganhos das lutas imediatas em conquistas políticas para a perspectiva do Poder Popular.

Devemos estar atentxs às outras formas de atuação e organização, porém não esquecendo as nossas experiências históricas, para não cairmos no erro de sempre começarmos do zero, tentando “reinventar a roda”. Não podemos nos furtar em dizer: o que aparece como novidade agora (ação direta, autogestão, federalismo, etc.) é herança histórica de nossxs companheirxs que deram suas vidas na luta por um mundo sem dominação e por isto tiveram abafadas suas vozes, invisibilizadxs sua história. E hoje vêm à tona estas imagens, em um período de grande desgaste desta falsa democracia, que nada mais é do que a atualização histórica da organização da violência dominadora.

Que nos preparemos mais e melhor para 2014, pois será um ano repleto de situações comuns a este contexto que apresentamos! Os mecanismos de controle e repressão estão sendo bastante calibrados para que o povo não perturbe o fluxo dos negócios neoliberais. A legislação antiterror também se faz simbólica neste sentido, pois consiste em mais um passo na criminalização das lutas sociais. Nossa força de luta deve ser maior para dar lições necessárias às elites! Precisamos de mais organização para fazer vencer e pôr-nos em movimento por um mundo sem dominação!

Não podemos recuar!

 Fortalecer a resistência popular para realizar um bom combate!

 Avante as/os que lutam!

Lutar, Criar, Poder Popular!

 Vida longa ao anarquismo desde o Norte/Nordeste!

Assinam esta declaração:

Coletivo Anarquista Ademir Fernando (CAAF) – Bahia

Coletivo Anarquista Núcleo Negro (CANN) – Pernambuco

Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP) – Alagoas

Coletivo Libertário Delmirense (COLIDE) – Alagoas

Organização Resistência Libertária (ORL) – Ceará

Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC) – Pará

Reunidas em Fortaleza, Ceará, nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2013.

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Saudação à fundação do Núcleo Anarquista Resistência Cabana (NARC-Pará)

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É com felicidade que nós aqui do Sul, mais exatamente do Paraná, do Coletivo Anarquista Luta de Classe recebemos a noticia da fundação de mais uma organização Especifica, o NARC (Núcleo Anarquista Resistência Cabana), pois acreditamos que  este esforço organizativo, leva nosso anarquismo organizado ao norte deste país, terra marcada pela resistência indígena, negra e claro dos trabalhadores/as.

Sabemos que somente com organizações anarquistas espalhadas por todo o território brasileiro que poderemos fazer do anarquismo um instrumento de luta para as classes exploradas.  Temos visto o anarquismo ocupando espaço protagonista nas lutas sociais que tomaram as cidades do Brasil, todavia sabemos que se não apresentarmos alternativas organizativas a justa revolta que toma as ruas, dificilmente poderemos fazer do anarquismo a “bussola” que deve ser, apontando para o caminho do socialismo e da liberdade.

Temos a certeza que de que o NARC buscara inserir o anarquismo nas lutas sociais, do contrário não teria escolhido prestar homenagem a Cabanagem, revolta de caboclos, índios e negros, que ocorreu entre os anos de 1835 e 1840, na então Província de Grão-Pará  . Deste modo acreditamos cerrar fileiras junto ao NARC que já busca fazer do anarquismo instrumento de luta dxs exploradxs, honrando o espírito Cabana .

Vida longa ao NARC!

Lutar, Criar Poder Popular!

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[Pará] Nova Organização Especifista: Núcleo Anarquista Resistência Cabana

É com grande felicidade que divulgamos o ato de fundação de mais uma organização anarquista especifista. O Núcleo Anarquista Resistência Cabana, do Pará, região Norte do país, formalizará sua formação no dia 30 de novembro.

 

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Programação

16:00 – 16:30 – Mística de abertura
16:30 – 17:10 – Fala da Prof.ª Valéria de Marcos (FFLCH/USP): O Anarquismo – Kropotkin e Bakunin
17:10 – 18:00 – sobre o Lema; sobre o histórico do anarquismo; sobre a Construção Anarquista Brasileira; sobre a proposta de criação de uma frente de educação; sobre os princípios e metodologia do anarquismo especifista.
18:00 – 18:30 – Merenda
18:30 – 18:40 – Doc-Vídeo sobre o Anarquismo ontem e hoje

Local: CNBB – Travessa Barão do Triunfo, 3151, bairro do Marcos
Data: 30 de novembro
Horas: a partir das 16:00
Mais informações: Biblioteca Libertária Maxwell Ferreira ou narc@riseup.net

“É com enorme satisfação que a Biblioteca Libertária Maxwell Ferreira convida tod@s para o ato de fundação do mais novo núcleo pro anarquismo organizado, o NÚCLEO ANARQUISTA RESISTÊNCIA CABANA – NARC. Este núcleo é fruto de diversas lutas e resistências populares que ao longo dos anos vem caracterizando, no espaço e no tempo, desde revolução cabana a Amazônia em chamas, o nosso povo como combatível, indignado, ingovernável, insurgente. Nunca foi e nunca será de organizações políticas reformistas e traidoras da classe oprimida trabalhadora ou de lideres políticos, a missão de emancipação popular, “um povo forte não precisa de líderes” disse uma vez Emiliano Zapata. Se “o tirano não é produto de geração espontânea: é o produto da degradação dos povos. Povo degradado, povo tiranizado. O mal, pois, está ai: na massa dos sofridos e dos resignados, no amorfo dos que estão conformados com a sorte” bem definiu Ricardo Flores Magón. Assim, camarad@s, vamos rumo ao projeto de emancipação popular feita exclusivamente pelos populares, o objetivo finalista é o socialismo libertário! Pois, “não se trata, portanto, de chegar à anarquia hoje ou amanhã, ou em dez séculos, mas caminhar rumo à anarquia hoje, amanhã e sempre” Errico Malatesta.
Viva o socialismo libertário!
Viva a Anarquia!!”

(Retirado de Biblioteca Libertária Maxwell Ferreira)