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[CURITIBA] LANÇAMENTO DO ROMANCE “O LIVRO PRETO DE ARIEL”

LANÇAMENTO DO LIVRO PRETO DE ARIEL COM A PRESENÇA DO AUTOR HAMILTON BORGES 

É com muito orgulho e satisfação que convidamos a todos e todas para o lançamento do romance “O livro preto de Ariel: Relatos de uma guerra racial genocida contra pretos e pretas da Bahia”, com um debate com o autor e militante Hamilton Borges, em 09/01 na livraria Vertov, às 17:30.

A VENDA DOS LIVROS SERÁ TOTALMENTE REVERTIDA PARA O CUSTEIO DAS ATIVIDADES DA @REAJA OU SERÁ MORTO, REAJA OU SERÁ MORTA

Sobre o autor:
Hamilton Borges nasceu e se criou na Rua do Curuzu, Liberdade, Salvador e, atualmente, vive no Engenho Velho de Brotas. Afirma que seu conhecimento vem dos movimentos de luta preta e do convívio afetivo com as mulheres de sua família, especialmente sua avó paterna. Idealizou e integra a organização política “Reaja ou será mort@” e atua na Escola Pan-africanista Winnie Mandela. Coordena o Projeto Cultura Intramuros na Penitenciária Lemos Brito onde desenvolve ações de política cultural e luta por direitos de prisioneiros e prisioneiras. Publicou, pela Editora Reaja, em 2017, “Teoria Geral do Fracasso”, livro de poemas e em 2018, “Salvador, cidade túmulo”, livro de contos, que foi traduzido e lançado na Califórnia e em Washington nos Estados Unidos da América. Participou de algumas antologias, a exemplo da “Negrafias: literatura e identidade”, publicada pela Ciclo Contínuo e, desde os anos 90, divulga sua produção literária pelas redes sociais/ internet. Se filia a uma literatura quilombista, preta de combate. Nos anos 80, criou o grupo de intervenção poética “Os Maloqueiros”. Hamilton Borges, raspado e pintado para Ogum, não teme a guerra.”

Link para o evento: https://www.facebook.com/events/470356097237147/

Apoio: Coletivo Anarquista Luta de Classe e Livraria Vertov

[CURITIBA] Anarquismo e a Luta dos Povos do Campo e Florestas

 

 

ANARQUISMO E A LUTA DOS POVOS DO CAMPO E FLORESTAS

O Coletivo Anarquista Luta de Classe e a Federação Anarquista Gaúcha – FAG convidam todos e todas para conhecer e debater sobre a presença do anarquismo nas lutas dos povos do campo e florestas.

Serão abordados episódios históricos de contribuição do anarquismo à organização e luta dos povos camponeses e indígenas, como a Revolução Mexicana, a Revolução Espanhola, a Revolução Russa e a Makhnovtchina, além de experiências do encontro entre anarquismo, organização comunitária e lutas indígenas na Bolívia e no Peru. Também serão discutidos os elementos da proposta de organização que o anarquismo traz em seu arsenal teórico-prático, para não deixar essa memória ser esquecida e apagada, trazendo para a atual conjuntura de ataques elementos de organização libertária nas lutas do passado e presente, destacando a importância do anarquismo como ferramenta de organização e luta nos dias de hoje!

QUANDO: 31 de agosto, sábado, às 17 horas
ONDE: APP Curitiba Norte- Avenida Marechal Floriano Peixoto 306, 8º andar, Centro.

Jornadas Anarquistas 2017, Montevidéu – Uruguai

Na tarde do dia 13 de fevereiro, a Federação Anarquista Uruguaia recebeu delegações de distintos lugares para uma mesa redonda entre organizações políticas, desde a concepção especifista que marca nossos modos de atuar e organizar. O propósito desta reunião internacional, que dá sequência a edição de Porto Alegre (Brasil) em 2015, foi o de ampliar em nossa região do mundo o debate sobre os elementos da etapa sistêmica e o que traz de específico a atual conjuntura histórica. Trocar informações, experiências e análises para a atuação social política do anarquismo organizado hoje, com os problemas e matizes que nos apresentam o tempo em que lutamos e resistimos.

Já faz tempo que importantes problemas teóricos, metodológicos e também políticos estão colocados e exigindo uma atualização de acordo com a nova situação que nos toca viver” diz um documento apresentado ao plenário.

O socialismo esteve presente e fazendo propostas no marco deste período histórico de tantas mudanças. Muitas são as experiências que tem colhido, não poucos são seus fracassos também. Quantos de seus paradigmas caíram junto e concepções inteiras tem demonstrado na prática que não conduziam ao propósito enunciado. Toda uma concepção autoritária, de instalação do socialismo por cima, tem ido pro ralo. Nem por isso o socialismo caiu. Segue sendo o antagonista do sistema vigente.

O acento posto pelo socialismo libertário na capacidade de resistência dos povos, no saber que sua experiência social constrói, a solidariedade tantas vezes praticada, são hoje mais necessários do que nunca. Não é a ciência, nem o desenvolvimento das forças produtivas, nem a ‘história’ em si e nem o progresso os que trarão mudanças que a humanidade e os pobres do mundo necessitam, hoje talvez mais pobres do que nunca .”

O documento aponta em seus parágrafos finais: “Colocando a bom serviço a técnica, a ciência e as teorias mais atualizadas e fecundas, as organizações de combate, políticas e sociais inseridas profundamente no processo em curso, com suas aspirações éticas e firme vontade resistente, terão que fazer o novo sulco deste tempo. (…) Que não arrotem vitórias prematuras os inimigos e os capituladores. Não haverá fim da resistência e da esperança

Em seu conjunto participaram delegações da FAU (Uruguai), Federação Anarquista de Rosário (Argentina), Via Libre (Colômbia), Federação Comunista Libertária e Comunidades Organizadas (Chile), FARPA, CALC, FARJ, FAG, Org. Maria Ieda (pela CAB Brasil), OSL (Suíça), Alternativa Libertária e Coordenação de Grupos Anarquistas (França).

Adiantamos sinteticamente que o acordo geral que chegamos aponta neste momento ao nosso desenvolvimento teórico-político articulado com o aumento da incidência libertária nas dinâmicas de luta e resistência da cena social política.

Reproduzimos abaixo recortes do texto que foi considerado durante a plenária e que tematizam o acionar do sistema em nossa época e aparecem categorias de análise para nossa produção teórica.

Estaremos publicando em breve o texto integral.

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Neoliberalismo no econômico, no ideológico e nas relações sociais

As mudanças que trouxe todo o processo de um período histórico, o que tem sido chamado de “reforma neoliberal”, ou simplesmente “neoliberalismo”, incluiu o que já é mais que conhecido: mercantilização dos serviços de saúde, pensões e seguros, as transformações substantivas do sistema educativo, as privatizações de empresas públicas, a introdução nas instituições estatais de modalidades de gestão próprias do setor privado, os mecanismos de flexibilização laboral e de contratações, etc. Junto a isso a injeção no ideológico social de uma “cultura de empresa”. Não é um processo de mudança que pode ser explicado só através do econômico, intervém nele, simultânea e constantemente fatores de outra ordem como: o político, ideológico, cultural, judicial e mudanças de racionalidade geral.

Dita mudança produziu como efeito uma grande fragmentação no campo social, especialmente no âmbito dos oprimidos e explorados. Um profundo individualismo, um processo massivo de individualização, que mudou boa parte do caráter das relações, tentou instalar outras modalidades que tem como centro a instabilidade e a fluidez. Onde o sentimento de pertencer a coletivos e comunidades sociais é deslocado com intenções de faze-los desaparecer.

Com razão que tem sido dito que estamos ante uma situação social histórica onde domina o mundo um sistema ecocida e genocida que está levando a humanidade à beira do precipício. Junto com uma política de exacerbação do consumo, que se designa como consumismo, vai uma destruição brutal da natureza, do ecosistema.

Biopolítica que mata e/ou deixa morrer

As perspectivas, no marco do sistema dominante, não são nada boas, são macabras. Sua política, sua forma de produção não mudam os rumos, fazem parte substancial de sua eistência. Sua depredação da natureza, sua exploração humana e a criação de miséria e “população sobrante” seguirão como suas dependentes.

É a presença de uma nova biopolítica onde hoje se combinam fazer morrer e deixar morrer, mais do que fazer viver.

Por estratégias de poder mundial temos: guerras de intervenção com massacres de populações, milhares de assassinatos de civis, destruição de hospitais, sequestros e assassinatos de prisioneiros, cadeias clandestinas em diferentes países para a tortura brutal e o assassinato, os ataques com drones tão “cirúrgicos” e “precisos” que deixam centenas de civis assassinados. Enormes populações desses “estados falidos” que depois de seu destroço ficam a deriva, mergulhados na fome e no desespero. Essas enormes populações de imigrantes vivendo em barracos até militarmente controlados e sem o mais elementar pra sobreviver. Multidões a nível mundial estimadas pelo poder como material sobrante que não importa nada, que pode se deixar que morra. Vão produzindo um enorme contingente humano que está expulso de todo direito, está preso para fora e sua vida não vale nada. Pois a lógica operante é: não são necessários para a produção e não tem capacidade de consumo.

A resistência que se manifesta dia a dia

As mudanças sistêmicas referidas estão aí, abarcando todo o tecido social. (…) mas isso ocorre no marco de um processo permanente de tensões sociais. De rebeldias, enfrentamentos, insatisfações, fortes resistências.

Ainda que a Resistência existe ao extenso e largo do poder dominante e tem múltiplas expressões regionais, não tem que ser necessariamente algo atomizado. Pelo contrário, distintos nós resistentes, agrupamentos, estendem frequentemente laços entre si e compõem em tais circunstâncias forças sociais que originam mudanças conjunturais. Como modo de exemplo tomemos a militância comum de camponeses, indígenas, feministas, ecologistas e grupos de DDHH ou levantamentos populares compostos por uma gama de resistências como na chamada Primavera Árabe ou no movimento Indignados da Espanha. Muitos processos de subjetivação em meio de tensões que são unidos por laços solidários. Processos subjetivos, engendrados em confrontações, que podem ser políticos e com propostas próprias em determinadas circunstâncias.

As resistências, por tanto, não são marginais senão ativas no centro de uma sociedade que se abre em redes; existem, nos fatos, os militantes do mundo dos oprimidos capazes de viver a miséria do mundo até o final com rebeldia e liberdade, de identificar e enfrentar as novas formas de exploração, dominação e sujeição.

Nossas reflexões e a atualidade

Nos anima então uma o propósito interessado de refletir sobre enfoques teóricos que possam resultar efetivos estrategicamente para confrontar-se com formações empíricas, favorecendo assim uma concepção de de teoria social não divorciada de uma prática de ação política com intenções de ruptura. Ao mesmo tempo, se tenta buscar uma alternativa conceitual frente aos numerosos problemas que hoje proliferam, e que em vez de tomar seriamente a pluralidade e a contingência de um mundo social que tem se transformado, por suposto sem tocar no núcleo duro do sistema mundo capitalista, termina ignorando as significativas variações existentes na vida coletiva contemporânea, gerando assim estancamentos e certas fossilizações no âmbito teórico-político com suas consequências no campo da ação social-política.

Por exemplo, esta nova configuração sistêmica traz consigo, além de uma nova racionalização, uma nova forma de Estado. Constituído em um processo, já tem elementos diferentes do Estado chamado de bem estar social. Mantém sim, mas dentro de outra articulação, o caráter repressivo das demandas de autonomia dos indivíduos e os coletivos, seu papel de contenedor dos conflitos sociais, seu monopólio da força repressiva. Em qualquer caso a dinâmica e determinadas críticas das classes detentoras do poder dominante coincidiram na necessidade de dar uma virada de página e de superar (reformando a fundo) a racionalidade welfarista (Estado de bem estar) em curso. Criou assim, em enunciados “teóricos” e nos fatos uma nova racionalidade, para a atual situação do sistema em seu conjunto como para o Estado que o integra. Não interessa um Estado não interventor, mas que sua intervenção seja de determinada maneira. Seja salvando bancos falidos depois de grandes roubos; fazendo espaço e apoiando o capital financeiro; criando forte controle sobre populações jogadas na miséria e descontentes; ou criando estados de exceção para zonas estimadas por eles perigosas no seio de países “democráticos”.

Para um conjunto dessas práticas, um dos discursos de verdade, uma ideologia operativa, será o da segurança da população, Ela vai cumprindo macabras funções ao mesmo tempo que pretexta levar a democracia e defender direitos fundamentais no terreno exterior, a países e regiões, com essas frequentes e criminais ocupações ou destruição de países que suas estratégias geopolíticas de poder indicam.

Uma nova ordem interior respaldada por um sistema de informação geral, “uma espécie de mobilização permanentes dos conhecimentos do Estado sobre os indivíduos”. Isto implica uma nova modalidade de relação entre o saber, a informática e o poder: não se trata exatamente da informação e do saber ao mesmo tempo global e individualizante da era das disciplinas, mas de um saber abarcador, massivo, que quer captar os grandes movimentos de conjunto. Importam especialmente territórios, “zonas vermelhas”.

Outro aspecto para que esta nova ordem interior funcione, é procurar a constituição de um “consenso” que possa significar uma certa regulação feita efetiva pelo mesmo povo oprimido que faça que “a ordem se autoengendre, se perpetue, se autocontrole”.

Para isso além dos mecanismos e dispositivos do sistema intervirão organizações e expressões sociais “amigas” que se desenvolvem no campo popular e que nos fatos já estão integradas no sistema. Que pensam com a mesma lógica.

A nova estratégia de governo e novo Estado neoliberal consiste em garantir os fluxos (financeiros, humanos, tecnológicos, etc.) e maximizar a proteção em áreas de circulação massiva. Nesse sentido, se identificam zonas chave para a segurança e a economia (centros comerciais, aeroportos, jurisdições fronteiriças, etc) e logo se calculam os custos e benefícios do investimento em dispositivos de vigilância, que traçarão a linha divisória entre zonas seguras e zonas desprotegidas. O fim é “poder determinar em cada momento quem se desloca, de onde vem, aonde vai, o que ele faz ali onde está, e se efetivamente tem acesso a rede em que se desloca e se tem ou não proibição”.

[CABN] Boletim jul/2015

Retirado de: http://www.cabn.libertar.org/boletim-jul2015/

Salve companheirada!

Neste boletim de julho: Jornal Socialismo Libertário #30; Greve IFC – Araquari; Solidariedade ao povo curdo em Joinville; Amanhecer Contra a Redução – Floripa; III Encontro Sul da CAB; Relato do Arraial da Ponta do Coral

Jornal Socialismo Libertário #30

A Coordenação Anarquista Brasileira lançou nova edição de seu jornal com uma análise do atual momento político e econômico, apontando as tarefas para a militância no próximo período. O jornal pode ser lido aqui:
http://www.cabn.libertar.org/cab-jornal-socialismo-libertario-30-julho2015/

Greve IFC – Araquari

O CABN apoia a greve de servidoras e servidores técnicos do IFC em Araquari, que vem demonstrando força e grande mobilização em suas atividades. Em defesa da educação pública! Só a luta muda a vida! Confira o relato de importante atividade de greve na semana passada:
http://greveifc.wix.com/blog#!ENCONTRO-PARA-DEFINI%C3%87%C3%95ES-E-TROCA-DE-EXPERI%C3%8ANCIAS/c218b/55b95dfc0cf27acb2d8c3fa9

Solidariedade ao povo curdo em Joinville

O CABN convida todas e todos para uma Roda de Solidariedade ao Povo Curdo no domingo, 16 de agosto, no Centro de Direitos Humanos de Joinville. “A proposta da atividade é contrapor o discurso dominante na grande mídia mundial, inclusive a brasileira, que trata a resistência popular curda como “terrorismo”, escamoteando o novo ar que o povo curdo apresenta à esquerda mundial.” Mais informações aqui:
http://www.cabn.libertar.org/joinville-roda-de-solidariedade-ao-povo-curdo/

Amanhecer Contra a Redução Floripa

A campanha Amanhecer Contra a Redução está mobilizada em Florianópolis para disputar a opinião pública e mobilizar a sociedade contra a redução da maioridade penal. A próxima ação é organizar o Festival Amanhecer, usando da arte e cultura para agregar a juventude e debater sobre por que a “redução não é solução”! O momento é de conseguir apoio e contribuição para realizar o festival. Confira o vídeo e apoie:
https://www.youtube.com/watch?v=V6AXXiZpUUw
https://www.facebook.com/AmanhecerFloripa

III Encontro Sul da CAB

“Nos dias 4 e 5 de julho, reunimos em Curitiba delegações do Coletivo Anarquista Luta de Classe (Paraná), Coletivo Anarquista Bandeira Negra (Santa Catarina) e Federação Anarquista Gaúcha (Rio Grande do Sul) para tratar da conjuntura atual, a coordenação de nossas frentes de atuação sindical, estudantil e comunitária, e também as campanhas da CAB para o próximo período.” Leia a declaração completa do III CAB-Sul aqui:
http://www.cabn.libertar.org/declaracao-do-iii-encontro-regional-sul-da-coordenacao-anarquista-brasileira-2015/

Relato do Arraial da Ponta do Coral – Florianópolis

O Movimento Ponta do Coral 100% Pública organizou, no sábado passado, um arraial comunitário na área, onde luta pela mudança de zoneamento para Área Verde de Lazer e a constituição do Parque Cultural das 3 Pontas, uma área pública, de lazer, de preservação ambiental e cultural. Leia mais:
https://parqueculturaldas3pontas.wordpress.com/2015/08/02/relato-do-arraial-na-ponta-do-coral/

Encerramos o boletim com o trabalho de muralismo do Coletivo Pintelute de Joinville, realizado durante o evento Ocupa Rock, na Cidadela Cultural de Joinville. Não à violência de gênero!

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[CAB] Declaração do III Encontro Regional Sul da Coordenação Anarquista Brasileira – 2015

Nos dias 4 e 5 de julho, reunimos em Curitiba delegações do Coletivo Anarquista Luta de Classe (Paraná), Coletivo Anarquista Bandeira Negra (Santa Catarina) e Federação Anarquista Gaúcha (Rio Grande do Sul) para tratar da conjuntura atual, a coordenação de nossas frentes de atuação sindical, estudantil e comunitária, e também as campanhas da CAB para o próximo período.

Conforme indicado na análise do último jornal Socialismo Libertário, o momento é de crescente retirada de direitos sociais, com ajuste fiscal e aumento do custo de vida para os de baixo, que vem junto ao projeto de expandir as terceirizações que implicam mais precarização e insegurança à classe trabalhadora. O neodesenvolvimentismo do PT chegou a um limite e as tímidas políticas sociais dão lugar a novas políticas de desmonte e corte de verbas nos serviços públicos. Pautas conservadoras ganham força no debate nacional, acarretando em mais criminalização da pobreza e também fomentando o preconceito racial, de classe e a desigualdade de gênero, como são o caso da proposta de redução da maioridade penal e as terceirizações.

Neste contexto, é fundamental resgatar princípios e práticas que são patrimônio da esquerda e muito caros para nossa corrente libertária, como as formas combativas de luta através de greves, piquetes e ação direta, sempre com o protagonismo e mobilização das bases. Apesar da conjuntura de ataques, há importantes lutas de resistência em curso, que precisam de força e apoio. O momento exige a superação das direções pelegas e burocratas que tomam sindicatos e movimentos propondo soluções de gabinete e o fortalecimento de suas candidaturas ao invés da ação direta popular. Resgatar as práticas e princípios de luta da esquerda é também romper com o afastamento da política, vista como mercado de negócios e cartas marcadas que abrem espaço para o conservadorismo.

É momento de seguir com a organização e mobilização em nossos locais de trabalho, estudo e moradia, acumulando forças e fomentando a luta e a solidariedade no seio de nossa classe, além de promover o intercâmbio de experiências e acúmulos de nossas frentes de trabalho. O anarquismo especifista no sul do Brasil, através da Coordenação Anarquista Brasileira, não exige nem mais nem menos que seu posto na luta, sempre junto aos setores oprimidos, construindo um povo forte.

Não tá morto quem peleia!

Lutar, Criar Poder Popular!

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