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[CABN] Boletim CABN fev/2015

Retirado de: http://www.cabn.libertar.org/boletim-cabn-fev2015/

Salve companheirada!

Neste boletim de fevereiro: repressão à luta pela educação, professores estaduais em luta, atividades feministas do 8 de março, Ponta do Coral 100% pública, criminalização em Porto Alegre

Repressão à luta pela educação em Joinville

A educação pública estadual tem sofrido diversos ataques no governo Colombo. Em Joinville, um dos exemplos de luta e resistência contra a destruição da educação pública, a EEB João Martins Veras, tem sido atacada pelo Estado e a companheira Viviane, trabalhadora da escola e lutadora social, sofre processo administrativo e corre o risco de perder o emprego. Leia em:http://www.cabn.libertar.org/estado-presente-a-repressao-atua-fortemente/

Professores estaduais em luta

No dia 3 de março, em Florianópolis, houve ato e assembleia da categoria dos professores estaduais, que lutam por salário, condições de trabalho e em defesa da educação pública. A categoria enfrentou dentro da Assembleia a proposta da MP 198, que retira direitos dos ACTs, e aprovou indicativo de greve para a semana que vem. Força ao professorado em luta!

Atividades feministas do 8 de março em Florianópolis

Um calendário de atividades feministas está sendo construído para o 8 de março, Dia Internacional da Luta das Mulheres, culminando em um ato no dia 13 de março, às 18h, em frente ao TICEN. Além disso, a programação conta com oficinas, debates, picnic, etc. Confira aqui:https://www.facebook.com/events/1424726647824851/

Ponta do Coral 100% pública

A área da Ponta do Coral, em Florianópolis, é alvo de uma disputa em que se apresentam dois modelos de cidade. Um modelo elitista e excludente, representado pelo empreendimento da Hantei, um hotel de 18 andares com graves impactos sociais, ambientais, paisagísticos e de infraestrutura. Por outro lado, um movimento popular em luta por uma área de parque público e cultural, de uso aberto, garantindo a cultura e espaço dos pescadores da região e mantendo verde a área que é de amortecimento ambiental.

A área tem sido ocupada com atividades, debates e cultura para reivindicar o espaço. Nessa quinta e no fim de semana (7 e 8 de março), todo mundo está convidado para se juntar no local e defendê-lo. Mais informações:
https://parqueculturaldas3pontas.wordpress.com/
https://www.facebook.com/pontadocoralpublica

Criminalização em Porto Alegre

O companheiro Vicente, lutador social e militante da Federação Anarquista Gaúcha, foi condenado por processos das lutas de Junho de 2013. A ação é uma ameaça clara à luta pelo transporte, que voltaria a ganhar força na cidade na semana em que houve a condenação. O companheiro e a FAG se posicionaram denunciando a medida de repressão à luta social e garantindo que não sairão das ruas. Leia mais: http://www.cabn.libertar.org/fag-nao-se-intimidar-nao-desmobilizar-toda-nossa-solidariedade-ao-companheiro-vicente/

Saudações libertárias!
Coletivo Anarquista Bandeira Negra, integrante da Coordenação Anarquista Brasileira
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[CABN] Estado presente? A repressão atua fortemente

Retirado de: http://www.cabn.libertar.org/estado-presente-a-repressao-atua-fortemente/

O governo do Raimundo Colombo tem agido diretamente na destruição da educação pública em Santa Catarina. Em Joinville, temos exemplos para citar sobre essa operação de desmonte: o abandono sistemático da centenária Escola Estadual Conselheiro Mafra, o fechamento da Escola Estadual Ruy Barbosa e da Escola Estadual Monsenhor Scarzello – no primeiro caso, o prédio foi repassado para o governo federal instalar o IFSC, no segundo foi instalada a Companhia de Patrulhamento Tático, ligada ao 8ª Batalhão de Polícia Militar, e a última escola tem o indicativo de ser encaminhada para Ajorpeme, Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa. Este cenário tem sido denunciado pelo movimento estudantil e sindical.

O ano letivo de 2015 começou com a denúncia de trabalhadores e trabalhadoras da educação, junto com pais, mães e estudantes, sobre a falta de condições necessárias para começar as aulas na EEB Prof. João Martins Veras. No período marcado por forte calor, era péssimo lecionar e estudar nos ambientes das salas de aula sem ar-condicionado. Em Assembleia os/as trabalhadores/as com familiares e estudantes votaram contra o retorno das aulas.

A Gerente da Educação Regional, Dalila Rosa Leal, cargo de confiança do governador Colombo, foi pessoalmente esfriar a reivindicação. Inclusive, contou com a intervenção do Ministério Público Estadual de Santa Catarina para iniciar o ano letivo com a força da lei.

Já no dia 13 de fevereiro, a Gerência Regional de Educação deu início ao processo administrativo contra a companheira Viviane Souza Miranda, dirigente sindical do SINTE – Regional Joinville. A companheira Viviane é uma militante em defesa da educação pública e na valorização dos/as trabalhadores/as da área. No cenário de destruição do setor, companheiras e companheiros dedicados/as como Viviane são fundamentais para conter o abandono realizado pelo governador Colombo.

A educação pública é uma conquista das lutas populares organizadas. Por isso, o Coletivo Anarquista Bandeira Negra se dispõe a lutar junto a companheira sindicalista e presta solidariedade além das palavras, mas com combatividade, organização e luta. Afinal, onde existe Estado, a repressão atua fortemente. Com os/as de baixo, ontem, hoje e sempre!

Protesto não é crime!

Por um sindicalismo classista, de base e combativo!

Lutar, Criar, Poder Popular!

Março de 2015,

Coletivo Anarquista Bandeira Negra

Mural na escola feito por alunos, com apoio do Coletivo Pinte e Lute de muralismo, e que foi apagado como represália à mobilização desse ano.

[CQM] A classe trabalhadora é protagonista de sua própria história!

Retirado de: https://quebrandomuros.wordpress.com/2015/02/28/a-classe-trabalhadora-e-protagonista-de-sua-propria-historia/

Assim tem demonstrado o funcionalismo público do estado do Paraná, ao construir uma greve de grandes proporções diante da ameaça iminente de desmonte dos serviços públicos promovida pelo governo neoliberal de Beto Richa.

Vamos aos fatos: reuniram-se 10 mil trabalhadores da educação numa assembleia e marcha histórica em Guarapuava, no dia 07/02, que deflagraram a greve; bravamente, o seu acampamento resiste há 20 dias diante do Palácio Iguaçu, faça muita chuva ou faça muito sol; frente aos sorrisos irônicos e do desprezo de desprezíveis parlamentares, aprenderam que de nada adianta contar quantos votos poderiam ser a nosso favor, pois eles não nos representam; através da ação direta, os trabalhadores ocuparam por duas vezes a Assembleia Legislativa do Estado (na primeira vez, sob a tensão permanente de uma possível ação violenta das forças policiais para desocupar esse espaço de poder, na segunda vez, heroicamente, sob balas de borracha, gás lacrimogêneo, spray de pimenta e truculência policial); sofrendo ataques de setores da mídia, combatendo a contra-informação, desfazendo boatos, dialogando constantemente com a sociedade, fazendo e recebendo os mais variados gestos de solidariedade, resistem; como se não bastasse, no dia 25/02, deixaram Curitiba impressionada com uma marcha gigantesca de 50 mil pessoas exigindo educação pública e de qualidade, sob o mote: nenhum direito a menos!

Resistimos aos ataques e garantimos provisoriamente muita coisa, mas…

Ao fim de 3 rodadas de negociação com representantes do governo (o governador Beto Richa não dá as caras), temos, além das vitórias, uma série de promessas, provindas de um governo sem credibilidade alguma, que comprometeu o orçamento do estado, que, na hora do aperto, tem a audácia de tentar retirar os poucos recursos da classe trabalhadora, para satisfazer os exploradores, seus aliados e financiadores!

Depois de construir uma greve tão forte e admirável, referência para outras categorias e para outros lugares do Brasil e do mundo; depois de fazer o papel de protagonistas da luta, fazendo-a avançar para além dos limites da burocracia, vamos cumprir o papel de recuar? Havendo tantos pontos obscuros no cumprimento de nossa pauta de reivindicações, devemos ceder? Devemos recuar e trair nosso próprio grito de guerra?

NENHUM DIREITO A MENOS!

Vemos as estratégias utilizadas pelo governo. Além de atacar os trabalhadores em educação com a polícia, agora apresenta ameaça de judicializar a greve. Propõe discutir a questão da previdência num futuro indeterminado, buscando desvincular essa pauta da nossa luta. O fundo previdenciário é o principal alvo do governo, colocando outros ataques apenas como um chamariz. Ele visa os 8 bilhões do fundo para resolver as suas dívidas. Por isso não podemos ceder a essas estratégias! Devemos manter a greve forte, independente dos ataques, e devemos mantê-la até termos garantia quanto à segurança do nosso fundo previdenciário, incentivando inclusive a luta das outras categorias.

Por isso e mais forte do que antes, A GREVE CONTINUA!

Lutar! Criar! Poder Popular!

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