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MAIS DE 800 OCUPAÇÕES NO PARANÁ! É HORA DE CONTINUAR RESISTINDO!

O governo, a direita e os oportunistas querem desocupar a qualquer custo, mas o movimento é muito forte!

Estudantes secundaristas do Paraná fazendo história! E o movimento no Brasil cresce cada vez mais!

LUTAR! CRIAR PODER POPULAR!

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Ocupações de escolas em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Jacarezinho, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Campo Magro, Pinhais, Itaipulândia, Prudentópolis, Sabáudia, Ponta Grossa, Lapa, Renascença, Mamborê, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Inajá, Honório Serpa, Guaraniaçu, Ubiratã, Tibagi, Sulina, Siqueira Campos, Sapopema, São Carlos do Ivaí, Tomazina, São João do Ivaí, Ouro Verde do Oeste, Nova Aurora, Jesuítas, Pato Branco, Santo Antônio da Platina, São Pedro do Paraná, Pitangueiras, Presidente Castelo Branco, Santo Antônio do Caiuá, Almirante Tamandaré, Palmeira, Marilena, Paulo Frontin, Pato Bragado, Paranaguá, Sengés, Rio Bom, Mercedes, Ventania, Vitorino, Marquinho, São Mateus do Sul, Wenceslau Braz, Palmital,Antonina, Irati, Jandaia do Sul, Guarapuava, Santa Lucia, Turvo, Telêmaco Borba, Alto Paraná, Nova Laranjeiras, Matinhos, Iguatemi, Amaporã, Guaratuba, Rolândia, Luiziana, Piraquara, Foz do Jordão, Santana do Itararé, Tamarana, São João, Ramilândia, Pérola D’Oeste, Perobal, Itaúna do Sul, Laranjeiras do Sul, Matelândia, Pinhal de São Bento, Realeza, Bom Jesus do Sul, Dois Vizinhos, Ribeirão do Pinhal, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Farol, Lunardelli, Piraí do Sul, Toledo, Nova Esperança do Sudoeste, Boa Ventura de São Roque, Assaí, Roncador, Iguatu, Iporã, Imbituva, Guapirama, Apucarana, Cambará, Lindoeste, Mariluz, Jaguapitã, Juranda, Palotina, Umuarama, Rancho Alegre D´Oeste, Paraíso do Norte, Godoy Moreira, Santa Maria do Oeste, Cantagalo, Quatro Barras, Tuneiras do Paraná, Cornélio Procópio, Lidianópolis, Antônio Olinto, Clevelândia, Paranapoema, Marilândia do Sul, Cianorte, Jardim Alegre, Pitanga, Santa Terezinha de Itaipu, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Laranjal, Chopinzinho, Astorga, Bituruna, Jaguariaíva, Rio Azul, Rosário do Ivaí, Inácio Martins, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Coronel Vivida, Guaraniaçu, Quedas do Iguaçu, Querência do Norte, Cruz Machado, Balsa Nova, Arapuã, Virmond, Verê, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Boa Vista da Aparecida, Loanda, Jussara, Candói, Campina Grande do Sul, Barracão, Paiçandu, Arapongas, Arapoti, Peabiru, Anahy, Maria Helena, Manfrinópolis, Japira, Guapirama, Enéas Marques, Diamante do Norte, Corbélia, Congonhinhas, Braganey, Ampere, Ibiporã, Nova Londrina, Guaíra, São João do Triunfo, Terra Rica, Pontal do Paraná, Salto do Lontra, Goioxim, Goioerê, Céu Azul, Cantagalo, Guamiranga, Castro, Coronel Domingos Soares, Farol, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Imbituva, Iguatu, Cambé, Iracema do Oeste, Iretama, Itapejara D’Oeste, Capanema, Francisco Alves, Paranavaí, Palmas, Iguatemi, Santa Maria do Oeste, Planalto, Santo Antônio do Sudoeste, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Porto Barreiro, Porto Rico, Três Barras do Paraná, Formosa do Oeste, Missal, Araruna, Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Atalaia, Cruzeiro do Iguaçu, Ariranha do Ivaí, Cândido de Abreu, Carambeí, Bela Vista da Caroba, Assis Chateubriand, Nova Esperança, Grandes Rios, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E mais várias universidades, como: UNIOESTE, UFFS, UEPG, UNESPAR, UEM e UNICENTRO.

E mais Núcleos Regionais de Educação: em Pato Branco, Laranjeiras do Sul e Maringá.

MAIS DE 500 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Jacarezinho, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Campo Magro, Pinhais, Itaipulândia, Prudentópolis, Sabáudia, Ponta Grossa, Lapa, Renascença, Mamborê, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Inajá, Honório Serpa, Guaraniaçu, Pato Branco, Almirante Tamandaré, Palmeira, Paulo Frontin, Pato Bragado, Paranaguá, Sengés, Rio Bom, Antonina, Irati, Guarapuava, Turvo, Telêmaco Borba, Matinhos, Guaratuba, Rolândia, Piraquara, Foz do Jordão, Tamarana, São João, Ramilândia, Pérola D’Oeste, Laranjeiras do Sul, Pinhal de São Bento, Realeza, Bom Jesus do Sul, Dois Vizinhos, Ribeirão do Pinhal, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Farol, Piraí do Sul, Toledo, Nova Esperança do Sudoeste, Roncador, Apucarana, Lindoeste, Juranda, Palotina, Umuarama, Rancho Alegre D´Oeste, Paraíso do Norte, Godoy Moreira, Santa Maria do Oeste, Cantagalo, Quatro Barras, Cornélio Procópio, Cianorte, Jardim Alegre, Pitanga, Santa Terezinha de Itaipu, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Chopinzinho, Bituruna, Jaguariaiva, Inácio Martins, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Coronel Vivida, Guaraniaçu, Cruz Machado, Balsa Nova, Virmond, Verê, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Loanda, Jussara, Candói, Campina Grande do Sul, Barracão, Paiçandu, Arapongas, Arapoti, Peabiru, Anahy, Ampere, Ibiporã, Guaíra, São João do Triunfo, Terra Rica, Pontal do Paraná, Salto do Lontra, Goioxim, Goioerê, Cantagalo, Guamiranga, Castro, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Santo Antônio do Sudoeste, Cambé, Capanema, Paranavaí, Palmas, Santa Maria do Oeste, Planalto, Santo Antônio do Sudoeste, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Porto Barreiro, Porto Rico, Três Barras do Paraná, Missal, Araruna, Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Carambeí, Bela Vista da Caroba, Assis Chateubriand, Nova Esperança, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E ainda universidades! UNIOESTE – Marechal Rondon, UNIOESTE – Toledo, UNIOESTE – Cascavel, UFFS – Laranjeiras do Sul, UNESPAR – União da Vitória, UNESPAR – Paranaguá, UNESPAR – Campo Mourão, UEM – Cianorte.

E ainda Núcleos Regionais de Educação: NRE – Laranjeiras do Sul, NRE – Pato Branco.

OCUPAR E RESISTIR!

Todo apoio à ocupação da UFFS em Laranjeiras do Sul-PR e da UEA em Tefé-AM! Viva a luta autônoma indígena, ribeirinha e camponesa estudantil!

No dia 11 de outubro de 2016, os estudantes do campus da Universidade Federal Fronteira Sul, em Laranjeiras do Sul, sudoeste paranaense, ocuparam o campus da instituição em protesto contra a PEC 241, contra a reforma no ensino médio (MP 746) e em solidariedade ao movimento de ocupação de escolas. Esta foi a primeira instituição federal a ser ocupada no Paraná.

A PEC 241 que está para ser votada em 2º turno na Câmara e depois encaminhada para o Senado Federal nas próximas semanas, institui um teto para os gastos públicos do estado. O governo enxerga direitos sociais como despesas, saúde e educação que teoricamente deveriam ser as últimas coisas a serem cortadas, são as primeiras. Especialmente, o atual ministro da educação, Mendonça Filho, tem seus compromisso a honrar com as empresas de educação que financiaram suas campanhas em eleições passadas, abrindo espaço para a iniciativa privada do campo educacional crescer, precarizando a educação pública, mais ainda.

UFFS  e UEA de luta!

UFFS, um espaço de formação de futuros trabalhadores e trabalhadoras do campo, professores(as), camponeses(as) e outros profissionais, já nasce dentro do assentamento Oito de Junho, do MST, dentro da luta dos movimentos sociais do campo pela educação pública. E não poderia estar de fora das lutas contra os ataques do lobby empresarial da educação nessa conjuntura política nacional acirrada.

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Faixa em Kaingang: ” Nós enquanto indígenas não queremos aceitar a PEC 241″.

A frase em língua Kaingang representa bem a presença da juventude destes povos originários em movimento. Povos estes que são historicamente alvo de ações colonizadoras, seja pelas políticas do Estado ou por outros atores da sociedade branca como congregações religiosas. A presença da juventude indígena na universidade é um exemplo claro da busca por uma educação que respeite seus modos de vida. Mesmo em espaços da cultura branca-ocidental-cristã, os povos originários lutam pelo reconhecimento de seus saberes e de seus territórios. Territórios estes que são atacados, de forma a criar mais barreiras e negar um acesso digno à educação pública aos povos indígenas.

Em Tefé-Amazonas, na bacia do Médio Solimões, estudantes ribeirinhos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), maior universidade multi campi do Brasil, ocuparam no dia 17 de outubro, o CEST (Centro de Estudos Superiores de Tefé), também reivindicando a imediata anulação da PEC 241 e contra a precarização do ensino no interior do estado. Bolsas de pesquisa e extensão e a permanência estudantil são as grandes pautas locais dos ribeirinhos.

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(Estudantes ribeirinhos de tefé ocupam CEST-UEA)

Na semana passada, estudantes secundaristas Guarani-Mbya manifestaram seu repúdio à medida provisória 746/16. Dialogando e participando de oficinas e rodas de conversa, demonstraram seu apoio à luta das escolas públicas ocupadas. A escola de sua comunidade, chamada Araca-i, em Piraquara, já é uma escola ocupada por eles. E não é de agora. A comunidade e os estudantes guaranis utilizam a escola como parte da comunidade.

Somente a ação direta realizada pelos estudantes irá garantir a revogação dessa reforma autoritária no ensino médio. Mobilizar e ocupar as escolas é o caminho! Pressionar o governo Temer para recuar!

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(Estudantes Secundaristas Guarani-Mbya em atividades na Escola Ocupada Arnaldo Jansen em São José dos Pinhais).

Kaingangs mandam o recado

Ao mesmo em tempo que se inicia o movimento grevista dos trabalhadores(as) da rede estadual de educação do Paraná, um grupo de kaingang ocupou (sem interrupção do expediente) a regional da Secretaria de Educação em Pato Branco. Ao mesmo tempo em que acontecia a ocupação do Núcleo Regional de Laranjeiras do Sul, contra a PEC 241 e a MP 746/16 e o cacique kaingang Miguel Alves ainda mandou um recado para os fura-greve:

“Quero dar um recado para esses professores, que são uns covardes, que não vem aqui participar da greve. Não defendem nem sua classe. Falta de vergonha para os professores que estão aí nas escolas defendendo seu emprego e não vem aqui na greve defender o próprio salário”.

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Assinam:

Coletivo de Articulação de Rádios e Comunicação Popular Indígena,

Coletivo Rádio Gralha e

Coletivo Anarquista Luta de Classe (CALC)/CAB

MAIS DE 300 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Pinhais, Prudentópolis, Ponta Grossa, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Pato Branco, Almirante Tamandaré, Paranaguá, Sengés, Antonina, Guarapuava, Matinhos, Guaratuba, Piraquara, Laranjeiras do Sul, Pinhal de São Bento, Realeza, Dois Vizinhos, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Piraí do Sul, Toledo, Apucarana, Palotina, Cianorte, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Guaraniaçu, Balsa Nova, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Paiçandu, Ampere, Ibiporã, Guaíra, São João do Triunfo, Pontal do Paraná, Goioerê, Cantagalo, Castro, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Santo Antônio do Sudoeste, Cambé, Paranavaí, Palmas, Planalto, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Três Barras do Paraná, Missal,Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Carambeí, Nova Esperança, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E ainda universidades! UNIOESTE – Marechal Rondon, UNIOESTE – Toledo, UNIOESTE – Cascavel, UFFS – Laranjeiras do Sul, UNESPAR – União da Vitória, UNESPAR – Paranaguá.

MAIS DE 200 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Pinhais, Ponta Grossa, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Pato Branco, Almirante Tamandaré, Paranaguá, Sengés, Guarapuava, Matinhos, Guaratuba, Piraquara, Laranjeiras do Sul, Realeza, Marechal Cândido Rondon, Toledo, Apucarana, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, União da Vitória, Balsa Nova, Ibiporã, Pontal do Paraná, Goioerê, Castro, Mandirituba, Santo Antônio do Sudoeste, Cambé, Paranavaí, Palmas, Planalto, Rio Bonito do Iguaçu, Missal,Sarandi, Cruzeiro do Iguaçu, Carambeí, Nova Esperança, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E ainda mais UNIOESTE – Marechal Rondon, UNIOESTE – Toledo, UNIOESTE – Cascavel

TODO O APOIO! OCUPAR E RESISTIR!

MAIS DE 30 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em São José dos Pinhais, Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Mandaguaçu, Fazenda Rio Grande, Rio Branco do Sul, Piraquara, Pinhais, Marechal Cândido Rondon…

Lista das escolas ocupadas:

– São José dos Pinhais

Colégio Elza Scherner Moro,
Colégio Afonso Pena,
Colégio Padre Arnaldo Jansen,
Colégio Costa Viana,
Colégio Silveira da Motta,
Colégio Hebert de Souza,
Colégio Chico Mendes,
Colégio Juscelino K. de Oliveira,
Colégio Pe. Antônio Vieira,
Colégio São Cristóvão,
Colégio Angelina Prado,
Colégio Shirley,
Colégio Guatupê,
Colégio Lindaura Ribeiro,
Colégio Estadual Ipê,
Colégio Unidade Polo,
Colégio Barro Preto,
Colégio Zilda Arns,
Colégio Tiradentes

– Curitiba

Colégio Estadual do Paraná,
Colégio Jaime Canet

– Ponta Grossa

Colégio Ana Divanir Borato,
Colégio Polivalente

– Maringá

Colégio Brasílio Itibere,
Colégio Tomaz Edison

– Mandaguaçu

Colégio Parigot de Souza

– Fazenda Rio Grande

Colégio Cunha Pereira,
Colégio Liria Nichele,
Colégio Lucy Requião Mello e Silva

– Pinhais

Colégio Arnaldo Busato

– Piraquara

Colégio Romário Martins

– Marechal Cândido Rondon

Colégio Frentino Sackser

Opinião Anarquista #7: Frente aos ataques, a inovação das táticas

Novo Opinião Anarquista do Coletivo Anarquista Luta de Classe sobre a luta por transporte público e de qualidade:

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Baixe em PDF: Opinião Anarquista 7
Frente aos ataques, a inovação das táticas

Mais uma vez, o aumento da tarifa do transporte coletivo pegou o povo de “surpresa”. Apesar do espanto, os ataques ao bolso das pessoas que andam que ônibus já não é mais novidade. Ano após ano, a máfia do transporte de Curitiba aumenta o valor da tarifa e quem sai perdendo são sempre os de baixo, trabalhadores (as) e estudantes em sua maioria.

No último dia 1º de fevereiro, a tarifa dos ônibus de Curitiba passou de R$ 3,30 para R$ 3,70. Um aumento de 40 centavos! Aos domingos, que era cobrado R$ 1,50 passa a ser R$ 2,50. Um aumento de 66%!

A Prefeitura, para tentar minimizar o choque e a revolta da população com esse aumento absurdo, diz que os outros serviços públicos – como água e luz – subiram ainda mais que a passagem de ônibus. Parece brincadeira, não é?

 Os ricos empresários do transporte alegam que não têm mais condições de arcar com os custos de manutenção e operação dos ônibus que circulam na região. O motivo deles é o mesmo de sempre: o aumento no preço de insumos e o reajuste salarial dos (as) trabalhares (as) do transporte.

Desde o último aumento a integração de Curitiba com a Região Metropolitana também foi ameaçada. A prefeitura e os empresários alegam, mais uma vez, que para manter a integração é necessário aumentar ainda mais o preço das passagens. Cidades como Colombo, Piraquara e São José dos Pinhais já não têm integração com Curitiba e possuem preços mais caros que o cobrado na capital.

Com o novo aumento, a tarifa em Piraquara e Fazenda Rio Grande chegou ao patamar de R$ 3,90! Quem mora longe paga cada vez mais caro para andar de ônibus. Com a criação dos chamados “degraus tarifários”, a tarifa cobrada em Bocaiúva do Sul, Contenda, Rio Branco do Sul e Itaperuçu chega ao inaceitável valor de R$ 4,70!

Os ataques ao nosso bolso são cada vez mais intensos e não vemos melhorias concretas na qualidade dos ônibus ou na quantidade de linhas do transporte coletivo. Os ônibus continuam demorando a passar e quando chegam estão quase sempre lotados.

Alguns terminais de ônibus, como o Terminal Santa Cândida, ainda estão em fase de término da obra. Na Linha Verde as obras foram retomadas há pouco tempo, sendo que a promessa era que estivessem prontas antes da Copa do Mundo de 2014! Outros tantos terminais que precisam de reformas urgentes são ignorados pelos governantes.

MOBILIZAÇÃO E AÇÃO DIRETA

No início deste ano vimos várias cidades do país irem às ruas contra o aumento da tarifa do ônibus. São Paulo, Rio de Janeiro, Joinville, Belo Horizonte e Florianópolis tiveram grandes atos. Em Curitiba também tivemos mobilização, chamadas pela Frente de Luta pelo Transporte (FLPT), a campanha “3,70 de nem tenta!” e o Movimento de Acompanhamento ao Transporte Urbano (MATU). No dia 2 de fevereiro, o povo mobilizado foi às ruas e trancou algumas das principais vias do centro da capital. O ato seguiu até a Prefeitura de Curitiba para pressionar o prefeito Gustavo Fruet (PDT) a negociar com o movimento.

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RENOVAR AS TÁTICAS, APRENDER COM OS MAIS NOVOS

No final de 2015 vimos em São Paulo um movimento protagonizado por estudantes secundaristas que foi forte e saiu vitorioso. Foi mais de 200 escolas ocupadas em sinal de resistência ao fechamento de escolas e à “reorganização escolar” planejado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O processo de ocupações organizado pelo movimento estudantil secundarista retomou instrumentos de organização da classe oprimida até então abandonados pela esquerda tradicional: ação direta, independência de classe, autonomia e autogestão dos espaços de luta. Foram essas as ferramentas que levaram os/as secundaristas à vitória!

Se, para além de muita luta, também queremos vitórias econômicas e políticas, devemos olhar para esse movimento e aprender com ele. Devemos construir o movimento de luta pelo transporte a partir das bases. As escolas são locais muito importantes para a militância na luta por transporte público.

Além das tradicionais e indispensáveis panfletagens nas portas das escolas, é necessário que o movimento esteja nas escolas, construindo diálogo com os/as estudantes e trazendo toda essa galera para a luta.

Hoje, a cada três estudantes que abandonam os estudos, 1 é decorrente dos altos gastos que as famílias têm com o transporte. O transporte é a terceira maior despesa das famílias no Brasil.

Temos visto que existe certo esgotamento do modelo comum de atos de rua, que iniciam em um ponto do centro da cidade e caminham até a Prefeitura, se encerrando com algumas palavras de ordem ou encaminhando uma nova reunião.

O movimento secundarista foi vitorioso porque sua dinâmica de atuação foi diferente do que até então se vinha experimentando. O movimento foi criativo, inovador, combativo e eficaz!

O movimento contra o fechamento das escolas em SP representou um avanço político-organizativo que deve ser observado por toda a esquerda, levando esse acúmulo não apenas para seus grupos de estudos, mas também, para suas ações nas ruas.

Uma tática histórica do movimento pelo transporte é o “catracasso”, abrindo os tubos de ônibus para que as pessoas usufruam de Tarifa Zero! O Movimento de Curitiba tem se utilizado dessa tática, que dialoga com a população e beneficia quem mais precisa.

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CRISE ECONÔMICA x DIREITO À CIDADE

Para entendermos melhor o cenário em que estamos inseridos, é necessário compreender o caminho desde os cortes no orçamento nacional (conhecidos como “ajuste fiscal”) promovidos pela presidenta Dilma Rouseff (PT), até o aumento da tarifa na catraca.

Basicamente, os enormes cortes em saúde, educação e programas sociais por exemplo foram realizados para se alcançar o superávit primário, que é aquilo que o governo “economiza” para o pagamento de juros da impagável divida pública.

O Ministério das Cidades, em conjunto com o Ministério dos Transportes, foram os que, no final do ano passado, sofreram os maiores cortes. Isso quer dizer que os municípios e estados passaram a receber ainda menos dinheiro da União para arcar com os custos do transporte coletivo e demais serviços públicos.

Apesar disso, não podemos cair no erro de achar que é a “falta de dinheiro” o problema central da questão do transporte coletivo em Curitiba. Não é de hoje que estão escancaradas as enormes taxas de lucro dos empresários do transporte na capital paranaense. Eles, além de lucrarem dentro do marco legal do capitalismo (o que, em nossa opinião, já representa roubo aos de baixo), ainda se utilizam de fraudes para ganhar ainda mais à custa do povo.

Desde a década de 70 movimentos sociais de luta por transporte público denunciam a formação de cartel no processo de licitação das linhas de transporte curitibanas. Atualmente, apenas uma família é dona de 70% do sistema de transporte da Grande Curitiba. O poder econômico da família Gulin concede a eles grande influência também no meio político. Por isso, sai prefeito e entra prefeito, mudam os mandatos dos vereadores, mas os Gulin continuam mantendo seu lugar de privilégio. Para se mantiverem ricos, roubam do povo, que perde seu direito à cidade.

Nesse ano de eleição, muitos políticos tentarão construir sua campanha querendo usar a pauta do transporte como alavanca eleitoral em seu próprio beneficio. Serão muitos os charlatões, oportunistas e políticos de má-fé. Nós não devemos acreditar que é votando no candidato A ou B que a vida do povo vai, de fato, mudar.

O Coletivo Anarquista Luta de Classe (CALC) entende que não importa se o candidato (a) veste a roupagem “mais popular” ou “menos popular”, pois todos representam os interesses dos de cima e da máfia do transporte. O que faz a diferença e traz conquistas concretas para a vida do povo é a organização e a luta nas ruas, e será somente isso que trará a vitória para o movimento por transporte verdadeiramente público.

Será com nossas próprias mãos, com nossa força social, que conseguiremos barrar esse aumento. De cima só vêm ataques e migalhas.

Somente com Poder Popular é que as condições de vida irão melhorar e por isso é sempre hora de lutar e reagir. Política se faz todos os dias e de baixo pra cima! Sem nenhuma ilusão na farsa eleitoral, pois o prefeito, os vereadores, a presidenta, e todos os representantes do Estado tem um lado, e não é o nosso!

Por uma vida sem catracas!

Nossas urgências não cabem nas urnas!

CALC, Fevereiro 2016

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Solidariedade aos povos indígenas do Brasil! Ação direta para garantir direitos!

Sabemos que a formação social brasileira é bastante característica, tendo sido os povos originários massacrados pela ganância da coroa portuguesa e de toda a elite branca europeia. Para pensar em um processo revolucionário no Brasil é fundamental considerar e fortalecer a organização os povos do campo, da floresta e do mar.

A conjuntura atual do Brasil é de grandes ataques contra a classe oprimida e os povos indígenas, mais uma vez, têm seus direitos históricos ameaçados. Dessa vez pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, de autoria do deputado Almir Sá (PL), que diz respeito à transferência da atribuição de demarcação de terras indígenas, quilombolas e reservas ambientais, que hoje se encontra nas mãos do Poder Executivo (representado pela União, FUNAI e INCRA) para o Poder Legislativo (representado pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal).

Sabemos qual a composição do Congresso Nacional, composta por frentes parlamentares conservadoras como a bancada ruralista; que serve aos interesses do agronegócio, grandemente interessada na aprovação da PEC 215. Assim, fica clara a dimensão do ataque que a aprovação dessa PEC representará. As terras indígenas e quilombolas que já foram homologadas e/ou registradas com muita organização e ação direta do movimento indígena e quilombola também estão sendo ameaçadas, pois a PEC também possibilita a revisão das terras já demarcadas.

Na luta contra a aprovação da PEC 215, o movimento indígena foi às ruas no dia 3 de novembro demonstrar que está mobilizado e não aceitará calado os ataques do Estado. A manifestação contou com cerca de 50 pessoas, que afirmavam que a luta será suada e que não vão abrir mão de ter os direitos dos povos originários reconhecidos no país.

Na última quarta-feira, dia 11 de novembro, o movimento foi novamente às ruas nos estados do Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Os indígenas trancaram importantes rodovias com o intuito de dar visibilidade e fazer pressão na defesa de seus direitos.

Aqui no Paraná, cerca de 100 pessoas, dentre as quais os indígenas da Aldeia Araçaí (Piraquara) e de outras aldeias da região, além de advogados do movimento e apoiadores da causa, bloquearam a rodovia BR 277, que liga Foz do Iguaçu à Paranaguá, onde está localizado o importante Porto de Paranaguá, ponto de escoação de commodities do agronegócio brasileiro. Após 3 horas e meia de bloqueio da rodovia nos dois sentidos, os indígenas decidiram finalizar o ato caminhando até a praça de pedágio da concessionária ECOVIA e liberaram as cancelas para passagem gratuita. Logo após, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) reprimiu, de maneira intransigente, o ato político dos indígenas.

Nós, Coletivo Anarquista Luta de Classe (CALC) e da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB), demonstramos nosso apoio e solidariedade ao movimento indígena, que está indo às ruas lutar por seus direitos. Demonstram que os direitos dos de baixo não são concedidos, mas conquistados somente através da ação direta.  Com grande radicalidade e combatividade os povos indígenas escrevem a sua história!

SOLIDARIEDADE AO MOVIMENTO INDÍGENA!

SEMIÃO VILHALVA VIVE!

TODA FORÇA A ALDEIA AÇARAÍ!

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