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Nota de repúdio à criminalização do Coletivo Quebrando Muros, estudantes da UEL e Antifa 16

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Após o massacre do movimento de luta pela educação pública no dia 29 de abril, o governo de Beto Richa (PSDB), através da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, tentou criminalizar “grupos radicais” por terem iniciado o confronto com a polícia.

Em coletiva de imprensa, o ex-Secretário de Segurança Pública do Paraná (Fernando Francischini) e um delegado da polícia federal “divulgaram as informações coletadas pelo departamento da inteligência da SESP” colocando estudantes da UEL, o Coletivo Quebrando Muros e Antifa 16 como sendo “baderneiros, black blocks” responsáveis pela tentativa de invasão da ALEP. MENTIRAS NÃO PASSARÃO!

O movimento de luta se esforçou para impedir a votação do PL da Previdência a partir da ação direta, da pressão popular, assim como em fevereiro quando o Estado tentou passar o “pacotaço de maldades”. Inúmeras categorias, estudantes e outros movimentos sociais fizeram parte do processo de decisão das ações tanto em fevereiro como no 29 de abril.

O que houve foi um massacre, o braço armado do Estado – a polícia, apenas utilizou de todo seu aparato militar para reprimir o movimento de luta pelos direitos trabalhistas. E ainda ousam criminalizar os libertários.

Ainda por cima, nas reportagens que divulgaram a coletiva de imprensa da SESP, especialmente na CBN e RPC (filiada à Rede Globo), colocaram os grupos como “pregadores da anarquia”, de forma a tentar criminalizar a ideologia anarquista.

NÃO VAMOS ACEITAR ESTE TIPO DE INTIMIDAÇÃO!

Toda solidariedade aos criminalizados e criminalizadas! É inaceitável este tipo de intimidação, com destaque no que foi feito a estudantes da UEL que sofreram humilhações absurdas pela polícia, tendo quatro detidos no dia 29, além de fortíssimos abusos e ameaças. Como na maioria das universidades estaduais, a de Londrina está muito sucateada e o movimento estudantil e sindical cada vez mais mobilizado. TODO APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES, TRABALHADORAS E ESTUDANTES DA UEL!

O agrupamento de tendência Coletivo Quebrando Muros tem destacada atuação estudantil e sindical, leia mais em Protestar não é Crime: Quebrando Muros e o Antifa 16 compõe a luta por transporte público a anos e está lado a lado na luta dos servidores e servidoras. FASCISTAS NÃO PASSARÃO!

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PROTESTO NÃO É CRIME!

CRIMINOSO É O ESTADO!

RESPEITEM AS BANDEIRAS RUBRO NEGRAS!

RODEAR DE SOLIDARIEDADE OS QUE LUTAM!

TODA SOLIDARIEDADE AO COLETIVO QUEBRANDO MUROS, ESTUDANTES DA UEL, ANTIFA 16 E TODXS CRIMINALIZADXS!

Leiam:

NOTA DO COLETIVO QUEBRANDO MUROS https://quebrandomuros.wordpress.com/2015/05/05/protestar-nao-e-crime-criminoso-e-o-estado/

NOTA DE SOLIDARIEDADE DA CAB: http://anarquismo.noblogs.org/?p=150

PUBLICAÇÃO DO CALC SOBRE O MASSACRE DE 29/04/2015: https://anarquismopr.org/2015/04/30/o-estado-e-29-de-abril-de-2015/

[CAB] Protesto não é Crime! Toda solidariedade ao Coletivo Quebrando Muros!

Retirado de: http://anarquismo.noblogs.org/?p=150

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No dia 29 de Abril de 2015, o governador Beto Richa instaurou um verdadeiro estado de exceção no Paraná, sendo o responsável pelo massacre cometido pela polícia contra o movimento dos servidores e servidoras públicas, que contava com o apoio de estudantes e outros setores na luta contra o ataque à previdência.

Os lamentáveis acontecimentos daquele dia escancaram o verdadeiro caráter do Estado e seu papel na manutenção da “ordem”, entendendo-se aqui como a ordem da classe dominante, que utiliza-se do aparato estatal para manter os seus privilégios e garantir a execução de seus interesses. Quem pagou pela crise, mais uma vez, foram as classes exploradas. Porém, sabemos que os verdadeiros responsáveis são aqueles que estão no poder e que tentam forçar o povo a arcar com o ônus da ruína que eles mesmos criaram.

Desta vez, no entanto, os setores oprimidos pagaram não apenas com o seu bolso, mas também com o seu sangue. A repressão ocorrida no Centro Cívico viola todas as garantias constitucionais “democráticas” em matéria de direitos humanos e liberdade de manifestação. O que apenas nos revela, mais uma vez, aquilo que os anarquistas já sabem desde sempre: quando se trata de garantir os interesses da burguesia, não há lei que não possa ser violada pelo Estado. O reforço da lei vale apenas para as classes dominadas; os abusos ilícitos da polícia e do Estado que a comanda raramente são punidos, ainda que venham a ser muito mais graves e criminosos.

Mas os ataques do governo do Paraná àqueles que lutam e resistem não se encerram por aí. Nesta semana, foram veiculadas reportagens em dois meios de comunicação do estado, a CBN e a RPC (filiada à Rede Globo), nas quais a Secretaria de Segurança Pública tecia acusações infundadas ao Coletivo Quebrando Muros, acusando-o de ser um grupo criminoso que teria se “infiltrado” nas manifestações para promover ações violentas contra a polícia. Ora, sabemos muito bem que a responsável pelas ações violentas daquele dia foi a própria polícia e que o Coletivo Quebrando Muros tem militantes ativos no movimento dos professores e professoras do Paraná.

Nas mesmas reportagens, a polícia e os jornalistas acusam os “supostos black blocks”, antifascistas e o Coletivo Quebrando Muros de “pregarem a anarquia”, como se o anarquismo fosse contrário à organização social. Porém, se o Estado acha que isto vai intimidar os libertários e anarquistas, ele está muito enganado. A luta vai continuar e os libertários continuarão ativos!

Este ataque calunioso tem interesses claros: desviar o foco do massacre cometido pela polícia no dia 29 de abril e criminalizar os movimentos e organizações políticas que lutam e defendem os interesses da classe oprimida. A liberdade de organização foi conquistada com o sangue e a vida de centenas de militantes durante a ditadura, apenas para sofrer um novo ataque do governo Beto Richa. Um governo que busca sair impune das graves violações aos direitos humanos cometidas no dia 29, e ainda assim conserva cinismo o suficiente para acusar organizações políticas que apoiavam os protestos de serem criminosas. Tal é o papel do Estado: reprimir os movimentos sociais, perseguir organizações políticas, massacrar manifestações que buscam lutar contra a perda de direitos dos trabalhadores. Tudo para manter os privilégios das classes dominantes intactos.

As mentiras de Beto Richa não intimidarão o povo em luta. Chega de perseguição! Calúnias não intimidarão as organizações em luta!

Protesto não é crime!

Arriba lxs que luchán!

As bandeiras rubro-negras continuarão erguidas!

Toda solidariedade ao Coletivo Quebrando Muros!

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