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[CQM] Manifestação contra o aumento da tarifa em Curitiba é marcada por VIOLÊNCIA POLICIAL

Retirado de: https://quebrandomuros.wordpress.com/2017/02/07/manifestacao-contra-o-aumento-da-tarifa-em-curitiba-e-marcada-por-violencia-policial/

Na última sexta-feira (3), a Prefeitura de Curitiba anunciou o novo valor da tarifa do transporte coletivo na capital paranaense. O reajuste, de R$ 3,70 para R$ 4,25 – inclusive aos domingos, cuja tarifa anteriormente custava RS 2,50 – representa um aumento de quase 15% e torna Curitiba a capital com a passagem mais cara do país.

Em 2013, tanto o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) quanto a CPI do Transporte da Câmara de Curitiba apontaram diversas irregularidades no processo de licitação de nosso sistema de transporte, apresentando fortes indícios de fraudes no contrato com as empresas, além do superfaturamento da tarifa que, de acordo com o TCE, não deveria passar de R$ 2,25 naquele momento, ou seja, a tarifa cobrada hoje é dois reais mais cara. A URBS, empresa responsável pelo gerenciamento do sistema de transporte público de Curitiba, não apresenta informações claras sobre os gastos com o transporte, sendo, então, injustificável aumentar a passagem para cobrir esses gastos. Cabe questionar: se os gastos com o transporte são tão grandes a ponto de serem necessários tantos aumentos para as empresas não saírem no prejuízo, por qual motivo uma só família acharia proveitoso controlar quase 70% dos consórcios de ônibus de Curitiba?

Além disso, estamos cansados de saber que os consecutivos e injustificados aumentos não influenciam na qualidade do transporte ou na melhoria nas condições de trabalho e salários dos trabalhadores da categoria, apenas aumentam os já exorbitantes lucros da máfia do transporte, importante financiadora das campanhas eleitorais. A prefeitura alega que o aumento da tarifa tornará viável a renovação da frota de ônibus, ignorando que já há um percentual previsto na tarifa destinado a isso – mais um indício de superfaturamento.

O reajuste começou a valer nesta segunda-feira (6) e uma manifestação contrária ao aumento e à máfia do transporte já havia sido convocada pelo CWB Resiste em conjunto com a Frente de Luta pelo Transporte. A partir das 18h30, cerca de 700 pessoas começaram a se concentrar na Praça 19 de Dezembro para decidir o rumo do ato. O trajeto mais votado foi seguir para a URBS ao invés de ir até à Prefeitura ou à casa de Rafael Greca, já que, apesar do prefeito ter responsabilidade em aumentar os lucros dessa máfia, é a mando deles que o aumento foi acatado pela atual gestão da prefeitura, bem como as anteriores. Outro ponto que pesou para a escolha do trajeto foi a possibilidade de passar pelo Terminal do Guadalupe e Praça Rui Barbosa, locais com grande circulação de usuários do transporte coletivo. Nestes pontos algumas das estações-tubo foram ocupadas por manifestantes e tiveram suas catracas liberadas, para que a população pudesse usufruir por alguns momentos do direito de ir e vir, que deveria ser assim: livre!

Durante o trajeto, algumas vidraças de bancos foram quebradas, mas, ao contrário do que a mídia local tem noticiado, não foi o “vandalismo” que marcou o ato, e sim a repressão desmedida da Polícia Militar, que chegou tempos depois dos tais atos de vandalismo já cercando toda a manifestação na Avenida Sete de Setembro. Bombas de efeito moral, de gás e balas de borracha foram lançadas na direção dos manifestantes que se viram encurralados por todos os lados durante várias quadras sem poderem se dispersar de forma segura. Além disso, algumas pessoas foram agredidas diretamente por policiais com cassetetes e spray de pimenta que também estavam prendendo de forma arbitrária as pessoas que alcançavam aleatoriamente. Há relatos de pessoas feridas e a informação de 11 detidos até o momento. Companheiros(as) contam que foram espancados(as), mesmo depois de rendidos(as),  antes de serem levados(as) ao 1º distrito policial.

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É de extrema importância que neste momento não façamos coro com a grande mídia em responsabilizar as pessoas que jogaram pedras contra vidraças de bancos pela injustificável e violenta atuação da Polícia Militar no ato desta segunda-feira. Ainda que sejam, por vezes, ações individuais, são indivíduos que cerram fileiras conosco e lutam por dignidade e justiça. Que as divergências sejam tratadas dentro do movimento com responsabilidade, mas sem recair em generalizações e caracterizações que em nada contribuem para uma ação unitária e ainda reforçam a criminalização de alguns grupos em detrimento de outros.

É sintomático que, no primeiro ato da gestão de Rafael Greca como prefeito, a ação policial tenha sido tão diferente dos atos anteriores em que também houve quebra de vidraças, quando os policiais mais acompanhavam o ato e marcavam os rostos dos manifestantes, muitas vezes os fotografando e filmando. É também sintomático perceber o prazer com que alguns policiais militares agrediam e ameaçavam os manifestantes, parecendo muito satisfeitos que agora possuem o aval para fazê-lo.

Greca, aliado de Beto Richa, mostrou que, assim como ele, está disposto a fazer qualquer coisa para defender os interesses dos de cima – inclusive massacrar os de baixo. Nesse contexto, vale relembrar a ação truculenta da Polícia Militar no dia 29 de abril de 2015, dia do massacre promovido pelo governador Beto Richa contra professoras e professores da rede estadual de ensino que reivindicavam por seus direitos ao se levantarem contra as mudanças na Previdência Social (PL 252/2015). Não podemos nos esquecer de que a Polícia Militar é de responsabilidade do Governo do Estado, mas essa aliança política entre prefeito e governador já se provou bastante perigosa para os que lutam – bem como para os mais marginalizados com ações de higienização.

A data do ato (6 de fevereiro) coincide com os dois anos da chacina do Cabula, quando 12 jovens negros foram executados em um campo de futebol em Salvador, na Bahia (onde o governo do estado está nas mãos do PT). Serve para nos lembrar que os gestores políticos são os gestores da violência. A verdadeira violência é a estatal, fruto de uma estratégia perversa que coloca o povo trabalhador sobre seu domínio. Não há um político que não tenha suas mãos manchadas de sangue. Há pouco tempo assistimos um cenário de guerra em Brasília durante as manifestações nas duas votações da PEC 55 no Senado. O Estado tem sido o espaço que garante a fartura dos ricos e a exploração dos pobres, a extensão política da exploração econômica. Em nossa “democracia” vivenciamos nossos direitos negligenciados. Nossas vidas marginalizadas, descartáveis. E a polícia é o seu maior recurso, é com a desculpa da “segurança” que em tempos de cortes em áreas fundamentais os investimentos no aparato repressivo não cessam, pelo contrário, são ampliados e engatilhados contra os que produzem e sustentam toda a riqueza e dela acabam usurpados. Dias piores vem chegando, o aumento da passagem chegou a um preço exorbitante em Curitiba (ainda mais na Região Metropolitana), assim como em outras cidades do Brasil. Não é por acaso que endurece a repressão. As condições de vida cada vez mais precárias instigam a revolta daqueles que, embora não estejam organizados e que muitas vezes possam agir “espontaneamente”, enxergam cada vez mais nítido seu inimigo e a necessidade de combatê-lo com todas as forças.

Portanto, é necessário que estejamos unidos e organizados contra os ataques dos de cima, sejam de forma mais implícita como o aumento da tarifa ou mais explícita como a violência policial e o impedimento ao direito de manifestação. É direito da população lutar por acesso e qualidade nos serviços públicos.

Precisamos prestar solidariedade àqueles que foram detidos ou feridos durante esta manifestação e àqueles que já são perseguidos e investigados há tanto tempo pelas polícias por participarem ativamente das lutas pela garantia de nossos direitos. Além disso, precisamos fortalecer ainda mais a revolta contra o aumento da tarifa, organizar coletivamente um calendário de lutas com panfletagens, catracaços e atos cada vez mais combativos.

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Rodear de solidariedade aqueles que lutam!

Pelo direito à cidade! Por uma vida sem catracas!

[CTZ – CURITIBA] Tava demorando… – Assembleia/Ato da Frente de Luta pelo Transporte (terça, 11/11)

Assembleia/Ato da Frente de Luta pelo Transporte

Com o aumento da tarifa devemos nos reorganizar na Frente de Luta pelo Transporte, como na FLPT nos organizamos de forma horizaontal, isto é, todxs tem voz e voto, estaremos nos econtrando nas ruas para definir como iremos reagir a este abusivo aumento da tarifa.

Venha se organizar e lutar pelo transporte público!

Porque:
Se a tarifa aumentar, Curitiba vai parar!
Se a tarifa abaixa, só pela força popular!

Quando: 11.11 (terça), a partir das 18h
Onde: Praça Santos Andrade

Nos vemos lá por uma vida sem catracas!

Evento no Facebook:                  https://www.facebook.com/events/312822278920733/

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Saiba mais:
http://tarifazerocuritiba.wordpress.com/2014/11/09/tava-demorando/
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1511963&tit=Tarifa-do-transporte-coletivo-de-Curitiba-e-RMC-vai-para-R%24-285-a-partir-da-zero-hora-de-terca

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Retirado de: http://tarifazerocuritiba.wordpress.com/2014/11/09/tava-demorando/

Desde as manifestações de junho que encheram as ruas do país todo com mais de 2 milhões de pessoas que Curitiba não tem aumento, pela força das ruas barramos o aumento na época e conquistamos algumas melhorias para o transporte público. Mas já estava bom de mais pra ser verdade, desde março o prefeito Gustavo Fruet vem pressionando a Justiça para mais um reajuste tarifário e o que agora conseguiu. A tarifá que hoje se encontra nos 2,70 terá um aumento de 5,55% sobre o valor atual, o que resultará em 2,85, mas não é só isso que vem sendo anunciado até pelo próprio presidente da URBS, Roberto Gregório. Pressionado, segundo ele, pelo aumento de insumos, teremos mais um novo aumento em fevereiro de 2015, mês de reajuste salarial do trabalhadores do transporte coletivo, o que logicamente como sempre fizeram, vão jogar a culpa do novo aumento nos trabalhadores, colocando o usuário do transporte coletivo contra os trabalhadores do transporte, velho mecanismo do estado contra a população.

Achamos revoltante essa atitude do poder público em aumentar a tarifá novamente, sendo que, já há 4 relatórios escritos por por órgãos públicos como TCE- Tribunal de Contas do Estado do Paraná, pela CPI do Transporte da Câmara Municipal, da própria URBS e outro escrito por sindicatos, que realizando um estudo mais técnico e detalhado sobre o tarifá, constatam superfaturamento da tarifa e que chegam a mostrar que é possível reduzir a tarifá para até 2,25!

Portanto é INADMISSÍVEL a gente tolerar mais um aumento da tarifá, mais lucros pros empresários enquanto a população continua que nem sardinha nos ônibus, pegando ônibus atrasados e de péssima qualidade. Nós convidamos a todxs que queiram lutar por um transporte mais digno para uma reunião da Frente de Luta pelo Transporte, segunda feira dia 10/11 no pátio da Reitoria UFPR, vamos nos organizar para barrar mais esse aumento da tarifá!

LUTAR CRIAR!! PODER POPULAR!!

TARIFA ZERO JÁ!!

[CTZ – CURITIBA] Ato do dia 20: Frente de Luta pelo Transporte e Coletivo Tarifa Zero são recebidos pela polícia de Fruet

Ontem dia 20 de fevereiro, foi o dia do primeiro ato contra o aumento da tarifa. Compareceram pouco mais de 200 pessoas nas ruas, para alertar Fruet que as ruas não vão tolerar mais um aumento da tarifa.

Em nossa segunda tentativa de “encontro” com Fruet, mais uma vez esbarramos em seus “cães de guarda”, a GOE (Grupo de Operações Especiais da Guarda Municipal), que na verdade, não é nada mais que um batalhão de choque da GM. Eram mais de 50 guardas para receber uma manifestação que foi pacífica de seu inicio ao final. Mais uma vez fica comprovado que violento é o Estado que trata os movimentos sociais como caso de polícia, sem falar na violência que é a administração do transporte público, violência ao bolso do usuário e violência com aqueles que sequer podem acessar o transporte pelo seu preço, isto é são excluidos daquilo que lhes é um direito, em nome do lucro e ganância do empresariado.

Foto: Ellen Miecoanski

Fruet demonstra que o unico dialogo que esta disposto a traçar com os movimentos sociais é a base de “porrete e a borracha”. Ao mesmo tempo, porém encobre o crime do empresariado, os quais se tem comprovado em três relatórios do poder público (relatório do TCE, CPI do Transporte e Relatório da comissão de análise da tarifa da URBS) administram o transporte coletivo de Curitiba de maneira criminosa. Estes criminosos provavelmente tem lugar cativo na prefeitura, afinal pagam as campanhas eleitoriais de nosso prefeito Fruet, mais que isso tem a Guarda Municipal a sua disposição para defender seus interesses.

Tais fatos somente afirmam, mais uma vez, que Fruet é cumplice nos crimes de cartel (mais de 70% do transporte esta nas mãos de uma familía o que faz os contratos ilegais) e como citado a tarifa é superfaturada ao menos em 0,40 centavos. Deste modo podemos afirmar, temos uma quadrilha formada por Fruet e empresas do transporte (Familía Gulin) administrando o transporte de nossa cidade, e mais tal quadrilha ainda dispõem de um braço armado que é a guarda municipal, para defender seus interesses.

Nós do Tarifa Zero temos somete uma certeza, as ruas não irão se calar diante de mais este abuso, nossa promessa esta mantida SE A TARIFA AUMENTAR CURITIBA VAI PARAR!

Ellen Miecoanski/Gazeta do Povo

II Ato contra o Aumento da Tarifa: Se a tarifa aumentar Curitiba vai parar!

Onde: Boca Maldita.

Quando: Dia 26 de fevereiro, a partir das 18h.

[CTZ – CURITIBA] Ato Contra o Aumento da Tarifa é reprimido pela Prefeitura de Curitiba

Retirado de: http://tarifazerocuritiba.wordpress.com/2014/02/14/ato-contra-o-aumento-da-tarifa-e-reprimido-pela-prefeitura-de-curitiba/

Hoje, 13 de fevereiro, foi realizado em frente à Prefeitura Municipal de Curitiba, o primeiro ato do ano pela redução imediata da tarifa do transporte público, articulado pelo Coletivo Tarifa Zero e pela Frente de Luta Pelo Transporte – Curitiba.

Tínhamos como pauta o não aumento da tarifa de ônibus, anunciado para o dia 26 de fevereiro, e o cumprimento imediato das medidas colocadas pelo relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) – a diminuição de R$0,43 na tarifa técnica e anulação dos contratos fraudulentos com as empresas de transporte coletivo.

No início fomos recebidos por um secretário do prefeito Fruet. O secretário, além de chamar o relatório do TCE de “fajuto”, sem nenhum argumento plausível, ainda afirmou ser mentira a notícia de que o prefeito teria anunciado aumento da tarifa. Porém, não negou a possibilidade de aumento, que é provável pois em fevereiro vence o subsídio do último aumento da tarifa. Além de continuar com a mesma ladainha de que a prefeitura não poderia romper o contrato com as empresas de ônibus por não haver verba para arcar com a multa.

Não recuamos e seguimos com o ato, exigindo reunião imediata com Gustavo Fruet, com fins de obter um posicionamento da prefeitura sobre nossas pautas, mas o prefeito se recusou a nos atender. Portanto, em assembleia feita com os presentes, decidimos por manter um estado de vígilia em frente a prefeitura, até que fosse marcada uma reunião imediata conosco, que tentamos há meses obter.

Nos preparamos com alguns suprimentos, e quando chegaram barracas para nos abrigar, a repressão não tardou a aparecer. Fomos impedidos de ficar no gramado em frente a prefeitura, e ao tentarmos montar as barracas na calçada, a tropa de choque da Guarda Municipal foi imediatamente acionada, nos dando apenas dois minutos para levantarmos acampamento. Tentamos negociar sem sucesso, recebendo ordem para retirar os equipamentos ou eles mesmos nos tirariam à força. E ainda nos obrigaram a ser submetidos à uma revista de nossos pertences, pois éramos “suspeitos”. Em seguida, entregamos nossos panfletos e deixamos o local.

Os acontecidos e as palavras do secretário, que utilizava de falsos argumentos técnicos para nos convencer que não era possível reduzir a tarifa, só torna mais claro a questão política em jogo: a prefeitura não está, e nunca esteve, do lado do povo e suas demandas. Está à serviço dos de cima, dos empresários burgueses, e do lucro acima de qualquer custo. E somente com a força do povo nas ruas obteremos as reais conquistas, pois os poderosos não têm interesse e não nos recebem pela boa vontade.

Mas não recuaremos! Se a tarifa não baixar, Curitiba vai parar!
Pela redução imediata da tarifa e anulação dos contratos, seguiremos lutando!

Dia 20 estaremos de volta às ruas, às 18h, na Boca Maldita, pressionando o governo com a vontade popular!