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4 anos do 29 de abril: memória e resistência contra os ataques do Estado!

 

Neste 29 de abril fazem 4 anos de um dos mais violentos episódios de repressão contra os servidores e, portanto, contra os serviços públicos do Estado do Paraná. A radicalização da repressão pelo Governo foi uma reação à uma grande mobilização que vinha sendo construída desde o início do ano pelo funcionalismo estadual e pelo movimento estudantil do ensino básico e universitário.

Logo no início de 2015, o governo do Paraná se antecipou ao que logo seria um movimento geral do Estado e das classes dominantes para radicalizar os cortes no serviços públicos e a transferência de recursos para os capitalistas, através de medidas como saques de fundos de previdência e terceirizações. Um conjunto de medidas, que ficou conhecido como pacotaço, incluíam: a Reforma da Previdência dos servidores públicos estaduais, que permitia ao governo fazer saques do caixa previdenciário e transferir parte do fundo para o mercado financeiro o projeto de “Autonomia Universitária”, que dava segurança jurídica para as universidades estaduais captarem recursos privados através de mensalidades, taxas, prestação de serviços e parcerias com empresas, abrindo as portas para a privatização dessas; a transferência das universidades estaduais (Uenp e Unespar já estavam) para o sistema Meta 4, que dá margem para a não-realização de pagamentos e tira autonomia das universidades na distribuição orçamentária interna.

Como resposta, uma Greve Geral foi organizada por trabalhadores e
trabalhadoras da educação básica e superior, da saúde, do judiciário
estadual, agentes do DETRAN, agentes penitenciários, além do movimento estudantil do ensino básico e universitário. Foi uma greve forte e heterogênea, com tensões entre os setores que a construíram. Boa parte das direções sindicais insistiram na negociação por apoio de deputados para barrar o pacotaço no plenário da Assembleia Legislativa. Foram várias as listas entre supostos “inimigos” ou “amigos” da educação, com incentivo à salvas de palmas e discursos nos carros dos sindicatos feitos pelos deputados que prometiam votar contra o governo nesse ponto
específico.

Mas muitos setores também não acreditavam nessa política e pressionaram para que o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras radicalizassem a resistência. Foi assim que, no dias 10 de fevereiro, a Assembleia Legislativa foi ocupada quando maioria dos deputados votou pela aprovação do regime de votação em comissão geral, vulgo “tratoraço” para aprovar o pacotaço em bloco, encerrando a sessão através da pressão direta. Dois dias depois, com o plenário ainda ocupado, os deputados entraram dentro de um camburão da Polícia Militar através de um buraco na grade da Assembleia Legislativa para votar o pacotaço no restaurante da câmara. Quando isso aconteceu, a resposta dos trabalhadores e trabalhadoras foi arrancar as grades de ferro que cercam a Assembleia Legislativa e furar o cordão da Tropa de Choque para impedir mais uma votação de acontecer.

Táticas como essas são chamadas por anarquistas e demais revolucionários e revolucionárias de ação direta, forma de ação em que a classe oprimida usa de sua própria força, sem intermediários. Foi a escolha política pela ação direta que permitiu que a votação em “tratoraço” não fosse realizada, barrando até hoje o projeto da falsa “Autonomia Universitária” e a inclusão das demais universidades no sistema Meta-4, transferência que o governo tenta fazer até hoje.

A reforma da previdência só pôde retornar ao plenário da Alep no final de abril. Até lá, houve um acampamento organizado em frente à Assembleia Legislativa, resistindo à inúmeros ataques e provocações da Polícia Militar.

No dia 29 de abril, a classe trabalhadora sabia que precisaria ocupar a Assembleia Legislativa mais uma vez para impedir a aprovação da Reforma da Previdência. O governo apostou alto ao mobilizar quase todo o efetivo policial do Paraná para reprimir a resistência à esse roubo. A repressão deixou centenas de feridos, muitos idosos, mas foram milhares de manifestantes que resistiram bravamente, ocupando a maior área possível ao redor da Assembleia Legislativa. Foram horas desviando de bombas e tiros, recuando quando o gás lacrimogêneo não permitia mais estar tão próximo do cerco policial e retornando assim que possível.

Nesse dia, o forte aparato policial não permitiu que se conseguisse barrar a reforma. Em dois anos, o governo sacou cerca R$5 bilhões do fundo de previdência, deixando o futuro dos servidores em risco. A lição que esse processo deixa é que é o trabalho de base e a politização são primordiais em qualquer prática política dos de baixo, e precisa ser feito continuamente nos locais de trabalho e estudo. Para a ação direta ser efetiva contra aparatos repressivos cada vez mais sofisticados, são necessários processos de acúmulo de força social que levam tempo e demandam muito trabalho. As décadas de práticas burocráticas dos movimentos sociais ligados ao pacto que sustentava o governo liderado pelo Partido dos Trabalhadores deixaram uma herança de despolitização e descrença na efetividade desses movimentos. Por isso, mesmo uma mobilização grande como a greve geral estadual de 2015 foi derrotada no 29 de abril. Não basta preparar-se quanto o próximo projeto de lei ou reforma é anunciado: é importante direcionar todos os esforços para a ampliação da formação política e da participação social dos oprimidos diariamente, em um processo contínuo de acúmulo e aplicação de força. Esse processo, que anarquistas chamam de construir Poder Popular, é o caminho que defendemos em 2015 e o que defendemos hoje como estratégia para derrotar o avanço da extrema-direita, a radicalização crescente dos ataques e traçar um caminho político revolucionário, anti-capitalista e anti-estatista.

MAIS DE 800 OCUPAÇÕES NO PARANÁ! É HORA DE CONTINUAR RESISTINDO!

O governo, a direita e os oportunistas querem desocupar a qualquer custo, mas o movimento é muito forte!

Estudantes secundaristas do Paraná fazendo história! E o movimento no Brasil cresce cada vez mais!

LUTAR! CRIAR PODER POPULAR!

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Ocupações de escolas em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Jacarezinho, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Campo Magro, Pinhais, Itaipulândia, Prudentópolis, Sabáudia, Ponta Grossa, Lapa, Renascença, Mamborê, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Inajá, Honório Serpa, Guaraniaçu, Ubiratã, Tibagi, Sulina, Siqueira Campos, Sapopema, São Carlos do Ivaí, Tomazina, São João do Ivaí, Ouro Verde do Oeste, Nova Aurora, Jesuítas, Pato Branco, Santo Antônio da Platina, São Pedro do Paraná, Pitangueiras, Presidente Castelo Branco, Santo Antônio do Caiuá, Almirante Tamandaré, Palmeira, Marilena, Paulo Frontin, Pato Bragado, Paranaguá, Sengés, Rio Bom, Mercedes, Ventania, Vitorino, Marquinho, São Mateus do Sul, Wenceslau Braz, Palmital,Antonina, Irati, Jandaia do Sul, Guarapuava, Santa Lucia, Turvo, Telêmaco Borba, Alto Paraná, Nova Laranjeiras, Matinhos, Iguatemi, Amaporã, Guaratuba, Rolândia, Luiziana, Piraquara, Foz do Jordão, Santana do Itararé, Tamarana, São João, Ramilândia, Pérola D’Oeste, Perobal, Itaúna do Sul, Laranjeiras do Sul, Matelândia, Pinhal de São Bento, Realeza, Bom Jesus do Sul, Dois Vizinhos, Ribeirão do Pinhal, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Farol, Lunardelli, Piraí do Sul, Toledo, Nova Esperança do Sudoeste, Boa Ventura de São Roque, Assaí, Roncador, Iguatu, Iporã, Imbituva, Guapirama, Apucarana, Cambará, Lindoeste, Mariluz, Jaguapitã, Juranda, Palotina, Umuarama, Rancho Alegre D´Oeste, Paraíso do Norte, Godoy Moreira, Santa Maria do Oeste, Cantagalo, Quatro Barras, Tuneiras do Paraná, Cornélio Procópio, Lidianópolis, Antônio Olinto, Clevelândia, Paranapoema, Marilândia do Sul, Cianorte, Jardim Alegre, Pitanga, Santa Terezinha de Itaipu, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Laranjal, Chopinzinho, Astorga, Bituruna, Jaguariaíva, Rio Azul, Rosário do Ivaí, Inácio Martins, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Coronel Vivida, Guaraniaçu, Quedas do Iguaçu, Querência do Norte, Cruz Machado, Balsa Nova, Arapuã, Virmond, Verê, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Boa Vista da Aparecida, Loanda, Jussara, Candói, Campina Grande do Sul, Barracão, Paiçandu, Arapongas, Arapoti, Peabiru, Anahy, Maria Helena, Manfrinópolis, Japira, Guapirama, Enéas Marques, Diamante do Norte, Corbélia, Congonhinhas, Braganey, Ampere, Ibiporã, Nova Londrina, Guaíra, São João do Triunfo, Terra Rica, Pontal do Paraná, Salto do Lontra, Goioxim, Goioerê, Céu Azul, Cantagalo, Guamiranga, Castro, Coronel Domingos Soares, Farol, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Imbituva, Iguatu, Cambé, Iracema do Oeste, Iretama, Itapejara D’Oeste, Capanema, Francisco Alves, Paranavaí, Palmas, Iguatemi, Santa Maria do Oeste, Planalto, Santo Antônio do Sudoeste, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Porto Barreiro, Porto Rico, Três Barras do Paraná, Formosa do Oeste, Missal, Araruna, Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Atalaia, Cruzeiro do Iguaçu, Ariranha do Ivaí, Cândido de Abreu, Carambeí, Bela Vista da Caroba, Assis Chateubriand, Nova Esperança, Grandes Rios, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E mais várias universidades, como: UNIOESTE, UFFS, UEPG, UNESPAR, UEM e UNICENTRO.

E mais Núcleos Regionais de Educação: em Pato Branco, Laranjeiras do Sul e Maringá.

MAIS DE 500 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Jacarezinho, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Campo Magro, Pinhais, Itaipulândia, Prudentópolis, Sabáudia, Ponta Grossa, Lapa, Renascença, Mamborê, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Inajá, Honório Serpa, Guaraniaçu, Pato Branco, Almirante Tamandaré, Palmeira, Paulo Frontin, Pato Bragado, Paranaguá, Sengés, Rio Bom, Antonina, Irati, Guarapuava, Turvo, Telêmaco Borba, Matinhos, Guaratuba, Rolândia, Piraquara, Foz do Jordão, Tamarana, São João, Ramilândia, Pérola D’Oeste, Laranjeiras do Sul, Pinhal de São Bento, Realeza, Bom Jesus do Sul, Dois Vizinhos, Ribeirão do Pinhal, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Farol, Piraí do Sul, Toledo, Nova Esperança do Sudoeste, Roncador, Apucarana, Lindoeste, Juranda, Palotina, Umuarama, Rancho Alegre D´Oeste, Paraíso do Norte, Godoy Moreira, Santa Maria do Oeste, Cantagalo, Quatro Barras, Cornélio Procópio, Cianorte, Jardim Alegre, Pitanga, Santa Terezinha de Itaipu, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Chopinzinho, Bituruna, Jaguariaiva, Inácio Martins, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Coronel Vivida, Guaraniaçu, Cruz Machado, Balsa Nova, Virmond, Verê, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Loanda, Jussara, Candói, Campina Grande do Sul, Barracão, Paiçandu, Arapongas, Arapoti, Peabiru, Anahy, Ampere, Ibiporã, Guaíra, São João do Triunfo, Terra Rica, Pontal do Paraná, Salto do Lontra, Goioxim, Goioerê, Cantagalo, Guamiranga, Castro, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Santo Antônio do Sudoeste, Cambé, Capanema, Paranavaí, Palmas, Santa Maria do Oeste, Planalto, Santo Antônio do Sudoeste, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Porto Barreiro, Porto Rico, Três Barras do Paraná, Missal, Araruna, Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Carambeí, Bela Vista da Caroba, Assis Chateubriand, Nova Esperança, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E ainda universidades! UNIOESTE – Marechal Rondon, UNIOESTE – Toledo, UNIOESTE – Cascavel, UFFS – Laranjeiras do Sul, UNESPAR – União da Vitória, UNESPAR – Paranaguá, UNESPAR – Campo Mourão, UEM – Cianorte.

E ainda Núcleos Regionais de Educação: NRE – Laranjeiras do Sul, NRE – Pato Branco.

OCUPAR E RESISTIR!

MAIS DE 300 ESCOLAS OCUPADAS NO PARANÁ!

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Em dezenas de cidades: Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Cascavel, Araucária, Colombo, Londrina, Pinhais, Prudentópolis, Ponta Grossa, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Pato Branco, Almirante Tamandaré, Paranaguá, Sengés, Antonina, Guarapuava, Matinhos, Guaratuba, Piraquara, Laranjeiras do Sul, Pinhal de São Bento, Realeza, Dois Vizinhos, Marechal Cândido Rondon, Rio Negro, Piraí do Sul, Toledo, Apucarana, Palotina, Cianorte, Mandaguaçu, Rio Branco do Sul, Nova Prata do Iguaçu, União da Vitória, Guaraniaçu, Balsa Nova, Campo Mourão, São Jorge D’Oeste, Paiçandu, Ampere, Ibiporã, Guaíra, São João do Triunfo, Pontal do Paraná, Goioerê, Cantagalo, Castro, Medianeira, Tapejara, Mandirituba, Santo Antônio do Sudoeste, Cambé, Paranavaí, Palmas, Planalto, Santa Helena, Rio Bonito do Iguaçu, Pranchita, Foz do Iguaçu, Três Barras do Paraná, Missal,Sarandi, São Miguel do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Carambeí, Nova Esperança, Francisco Beltrão, Ivaiporã, Leópolis, Cafelândia.

E ainda universidades! UNIOESTE – Marechal Rondon, UNIOESTE – Toledo, UNIOESTE – Cascavel, UFFS – Laranjeiras do Sul, UNESPAR – União da Vitória, UNESPAR – Paranaguá.

[CURITIBA] Exposição da Livraria Anarquista Alberto “Pocho” Mechoso na FAP – próxima quinta, 12/05/16

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A Livraria Anarquista Alberto “Pocho” Mechoso estará expondo seus livros e jornais na próxima quinta-feira, 12 de maio, na Cantina da FAP – Unespar Campus de Curitiba II, das 10 às 18 horas.

Após quase uma década de venda de livros anarquistas, o Coletivo Anarquista Luta de Classe lançou em 2015 a Livraria Alberto “Pocho” Mechoso, em homenagem a um grande militante anarquista uruguaio e com objetivo de propagandear ainda mais o anarquismo organizado por todo o Paraná.

Próxima exposição – QUANDO: 12 de maio, quinta-feira, 10-18 horas.
ONDE: Cantina da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) – Unespar Campus de Curitiba II

Confira nossos títulos: https://anarquismopr.org/livrariapocho/
https://www.facebook.com/livrariapocho/

Contamos com presença de vocês!

[CQM] Salários atrasados, universidades fechadas e RU mais caro: 2016 será ano de lutas no Paraná

Retirado de: https://quebrandomuros.wordpress.com/2016/01/15/salarios-atrasados-universidades-fechadas-e-ru-mais-caro-2016-sera-ano-de-lutas-no-parana/

AUMENTO DO RU PRENUNCIA NOVOS ATAQUES AOS TRABALHADORES E ESTUDANTES

Desde o dia 12 de janeiro trabalhadores da Universidade Federal do Paraná, técnicos administrativos, professores/as, funcionários/as da funpar, do hc e terceirizados/as passarão a pagar o valor integral de 6 reais nas refeições do RU. Até a data, professores/as pagavam 2,40, terceirizados/as eram isentos/as e demais trabalhadores/as pagavam 1,90. O reitor afirmou que a medida não afetaria os/as estudantes, já que o congelamento do preço do RU foi parte do acordo da greve. O aumento do preço já era algo previsto pelas trabalhadoras do ru, que relatam que há tempos o restaurante não tem recursos para funcionar. De acordo com funcionárias, os fornecedores não são pagos há meses, e por conta disto alguns estão se recusando a entregar os produtos, o que tem limitado bastante o cardápio do ru. A previsão é que isso se agrave nos meses de férias, podendo ser repetida a experiência que tivemos no primeiro semestre de 2015 de o RU servir apenas arroz e feijão.

CORTES ATINGEM OUTROS SERVIÇOS DA UFPR

A situação do restaurante universitário é uma amostra da universidade como um todo: cada vez mais precarizada e sofrendo cortes de recursos. Os/as funcionários/as terceirizados estão sentindo isso do modo mais imediato, com a insegurança de não saber se o salário virá ou não. A UFPR atualmente contrata serviço de várias empresas terceirizadas para segurança (Poliservice), portaria (Habitual), RU (Progresso), limpeza (WW Serv), manutenção (CDN). Todavia, com todas se repete a mesma relação de descaso para os trabalhadores/as e as mesmas falsas promessas nas negociações. Em dezembro a circulação do intercampi foi paralisada por falta de pagamentodos motoristas terceirizados da empresa Habitual. Terceirizados/as da empresa Habitual contam que houve casos de motoristas que precisaram realizar empréstimos para voltar de viagens para a universidade pois não apenas não receberam o salário, mas também faltou o pagamento do custeio do deslocamento. Desde o primeiro mês que a empresa, que também emprega os/as funcionários/as da portaria, foi contratada, os pagamentos estariam vindo parcelados, o que causa muitos prejuízos para o orçamento desses/as trabalhadores/as, já que suas despesas não podem esperar. A falta de pagamento também se estendeu às funcionárias da limpeza e RU. As trabalhadoras da limpeza, contratadas pela WW Serv, informam que, além do atraso no pagamento, não há o fornecimento de materiais de limpeza, tendo que elas próprias comprar esses produtos para manter limpa a universidade. Elas já haviam feito uma paralisação no início do semestre pelos atrasos no salário. No RU, uma funcionária desabafa dizendo que espera que a paralisação do RU tenha sensibilizado os estudantes: “É muito ruim vocês ficarem sem almoço, mas nós estamos passando por isso todo dia, pela incerteza de não ter comida em casa porque não estamos recebendo o salário.”. As trabalhadoras temiam que no período de férias, sem a presença dos alunos para auxiliar na pressão à reitoria, os salários voltassem a atrasar. Felizmente, após a mobilização em dezembro os salários foram pagos e o do mês de janeiro recebido sem atrasos.

Foto: Greve das trabalhadoras terceirizadas da limpeza em setembro, na UFPR

DEPOIS DE UM ANO E MEIO DE EBSERH…

Funcionários e funcionárias do HC, que desde o ano passado é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), contam que desde que a EBSERH entrou a qualidade do trabalho e do serviço piorou muito. Não há itens básicos de escritório, como papel para imprimir os prontuários. A EBSERH é uma empresa pública com caráter privado, ou seja, ela capta recursos públicos mas tem uma administração privada e atende a demandas de uma empresa privada. De acordo com a própria administração da reitoria a tendência é que o HC cada vez mais se desvincule da UPFR. Por exemplo, em breve os funcionários do HC não poderão mais utilizar o RU para fazer suas refeições. Os/as trabalhadores/as da Funpar/HC relatam que além da falta de materiais básicos também estão sofrendo com atrasos nos salários repetidamente, inclusive nos últimos dois meses, dezembro e janeiro. Além disso, referem a intensificação de casos de assédio moral após a entrada da empresa na administração do hospital.

UNIVERSIDADES ESTADUAIS DE PORTAS FECHADAS DEVIVO AO NÃO-PAGAMENTO DE  TERCEIRIZADAS

Na UNESPAR a situação não é diferente, e no campus de Curitiba II (FAP) os trabalhadores paralisaram em dezembro também em razão do não pagamento de salários. Lá os terceirizados/as da empresa Hpimentel, que prestam serviços técnicos especializados em cinema, teatro e informática, já estavam há um ano sem receber regularmente, com atrasos ou descontos. As trabalhadoras da limpeza são empregadas da empresa Tecnolimp, que em 2015 havia diminuido pela metade o quadro de funcionárias. Trabalhando o dobro para receber o mesmo salário, em dezembro a previsão era de que não haveria pagamento de salário ou décimo terceiro para as/os trabalahdoras/es de ambas as empresas. A universidade, que teve seu orçamento cortado em cerca de 50% esse ano, teve as atividades no Campus II (FAP) encerradas com a paralisação, pois sem os/as terceirizados/as a universidade não tem condições de funcionar. Por esse motivo, as aulas foram suspensas e as férias antecipadas.

estudantes apoiam terceirizadas

Foto: faixa do movimento estudantil da UNESPAR Curitiba II (FAP) em apoio às/aos trabalhadoras/es terceirizadas/os.

Outros campi da UNESPAR, como Paranaguá, e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), também tiveram suas atividades encerradas devido aos cortes, que tornaram a situação alarmante em todas as universidades estaduais. Todos os campi da UNESPAR acumulam dívidas gigantescas com empressas e fornecedores. Em União da Vitória, os/as trabalhadores/as terceirizados/as também estão sem salário. Lá e em Campo Mourão, os atrasos em pagamentos acarretaram em dívidas que podem impedir o início das aulas em 2016.

O atraso no salário dos/as terceirizados/as vem de uma longa cadeia: a empresa terceirizada não paga porque a reitoria não realiza o pagamento, porque os governos, federal ou estadual, atrasam ou cortam o repasse de verbas. No momento de negociação, quem participa não são os trabalhadores, aqueles que sofrem e estão diretamente implicados, mas apenas os patrões (reitoria e empresa) e um sindicato deslocado que se alinha mais com os patrões do que com os trabalhadores. A atuação do Siemaco, sindicato que deveria representar os terceirizados/as, consiste em tentar destruir qualquer tentativa de mobilização por parte dos trabalhadores/as. Na última paralisação das funcionárias da limpeza, as trabalhadoras faziam um ato no pátio do RU. O Sindicato ligou para as terceirizadas dos outros campi advertindo que elas não deveriam se juntar ao protesto, mas permanecer em seus locais de trabalho esperando o momento de voltar a trabalhar. O que o Siemaco espera é que os/as trabalhadores/as façam uma greve em silêncio, esperando apenas o resultado de negociações das quais eles não podem participar, mas que estão decidindo sobre suas vidas. Desse modo, sindicato, empresa, reitoria e Estado demonstram seu total descaso e falta de interesse pelas condições de vida e trabalho dessas pessoas.
Declaramos nosso repúdio a essa situação e à luta dos/as terceirizados/as nosso total apoio, pois nessas horas todo apoio é decisivo! Desde o início estivemos presentes ao lado das trabalhadoras e trabalhadores dando o suporte que nos estava ao alcance. Portanto, chamamos toda a comunidade acadêmica para prestar solidariedade à essa luta, para ficarmos atentos aos ataques às/aos terceirizadas/os e, quando preciso, fazermos barulho juntos e garantirmos que não caiam represálias sobre aqueles que não estão pedindo nenhuma esmola, mas reivindicando seus direitos. Criticamos, também, os sindicatos pelegos e burocratizados que não incentivam a luta e ainda tentam acalmar as iniciativas próprias de trabalhadores/as. São os terceirizados/as que mantêm funcionando as Universidades e um ataque a eles/elas é um ataque à toda comunidade acadêmica e toda a classe trabalhadora! Sejam estudantes, terceirizados/as, técnicos/as e professores/as, nossa luta é junta! Neste momento, estudantes da UFPR assistem o PIBID, Programa de Iniciação a Docência, sendo aos poucos exterminado, limitando sua formação caso queiram ser professores. A Capes anunciou que não admitirá novos bolsistas e cortará gradativamente aqueles que estão cadastrados. Além de tudo, bolsistas do PIBID também correm o risco de deixar de receber suas bolsas nas férias entre o pouco tempo que lhes resta de programa. Já sofremos das mais variáveis barreiras para entrar na universidade, e quando conseguimos, não temos assistência estudantil para permanecer nela, inclusive porque há injustiça para com aquelas/es que a mantêm!

Dizemos basta a essas peneiras sociais, dizemos chega de injustiça e descaso! Queremos condições de ensino e de trabalho. Queremos nossas bolsas e nossos salários, e por isso vamos lutar. Venha junto! A existência da universidade pública depende de nossa mobilização e todo apoio é crucial!

[CQM] A Fagulha N°11 – novembro 2015

Retirado de:                             https://quebrandomuros.wordpress.com/2015/11/30/a-fagulha-n12-novembro-2015/

É com alegria e muito trabalho coletivo que o Coletivo Quebrando Muros lança o 11ª edição do Jornal A Fagulha!

Confira textos sobre a Greve na UFPR, o Mês da Consciência Negra, Educação Popular, o fechamento de escolas no Paraná, a repressão do Estado a movimentos sociais e a luta das trabalhadoras terceirizadas, que tem ficado sem salário na UFPR e na UNESPAR.

Clique abaixo para ler a versão em pdf ou peça um jornal impresso para um/a de nossos/as militantes.

A Fagulha 11 

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[CAMPO MOURÃO] Grupo de Estudos Libertários (GEL) Especial – Poder Popular – 12/09/2015

O Coletivo Anarquista Luta de Classe (CALC) articulará um encontro especial do Grupo de Estudos Libertários (GEL) na cidade de Campo Mourão. Com o tema “Poder Popular” – a partir da concepção da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB).

Quando: 12 de setembro de 2015, sábado, às 10 horas.

Onde: Auditório da UNESPAR/Fecilcam.

Vamos debater o tema Poder Popular com base na Revista Socialismo Libertário #1 da Coordenação Anarquista Brasileira.

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1663196093937981/

Baixe a revista aqui: Revista Socialismo Libertário 1 – 2012

Venha debater conosco!

MANIFESTO DA FRENTE DE MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL DO PARANÁ

Curta no Facebook:                                                   https://www.facebook.com/mobilizacaoestudantilpr

Nós, estudantes de universidades do Paraná, desde o início de 2015 estamos sentindo os efeitos das medidas de desmonte da educação pública, tanto nas universidades federais quanto nas estaduais. Já no início do ano, a sociedade recebeu a notícia do corte de verbas que o governo Dilma (PT) realizaria, principalmente, naquelas repassadas para a Educação. Estima-se um corte de R$ 7 bilhões do orçamento repassado para as universidades, o que tem impacto direto no pagamento de contas de luz e de água e dos contratos com empresas terceirizadas, e na assistência estudantil, tão necessária para nossa permanência. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, apesar de notas oficiais da reitoria “garantirem” as bolsas estudantis, o que se observa na prática são atrasos, redução no número de bolsas em projetos e até mesmo restrição do acesso à bolsa permanência.

No âmbito do estado do Paraná, temos também medidas de ajuste fiscal aplicados sobre os direitos trabalhistas. O governador Beto Richa (PSDB), em fevereiro, tentou aprovar seu “pacotaço”, em que figurava o projeto de alteração da previdência dos servidores públicos estaduais, a fim de cobrir o rombo que existe no orçamento paranaense. Os professores da rede estadual, tanto das universidades quanto do ensino secundário, e demais servidores estaduais não tardaram a realizar um movimento de greve em resposta a esse intitulado “pacote de austeridade”. Professores estaduais da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), que integram a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), estão em mobilização.

Somado a isso, temos ainda a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 1.923, considerada válida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril, que considera constitucionais as normas que dispensam licitação em contratos entre o Poder Público e Organizações Sociais (OSs). Essa decisão implica, por exemplo, na possibilidade de contratação de professores de universidades públicas via OSs e sem concurso – é a terceirização aliada à privatização da Educação. Além disso, vale lembrar que isto vale para todos os serviços públicos, inclusive no ramo da Saúde, que agora serão passíveis de executar tais contratações.

A Frente de Mobilização Estudantil do Paraná entende que esse desmonte da educação pública não é um fenômeno isolado da realidade da classe trabalhadora brasileira. A crise que assola o país é, portanto, real e está sendo pesada para os trabalhadores e aqueles ainda em formação, isto é, nós estudantes. Não só a Educação vem sofrendo corte orçamentários e tentativas de privatização, mas também todos os trabalhadores correm o risco de terem seus trabalhos precarizados com vínculos trabalhistas mais frágeis. Atualmente, temos em trâmite no Senado Federal o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004 que permite a terceirização de toda e qualquer atividade de uma empresa – claramente um atentado contra a classe trabalhadora, uma das maiores retiradas de direitos dos últimos tempos. Caso aprovado, o PL criará uma situação em que haverá menos direitos trabalhistas, exploração de mão de obra, maiores jornadas de trabalho, alta rotatividade, baixa remuneração e perda de qualidade dos serviços – tudo em prol das grandes corporações e da burguesia.

Diante desse cenário, entendemos como fundamental a mobilização de estudantes contra os cortes de verbas da educação, contra a retirada dos nossos direitos conquistados (como a assistência e permanência estudantil) e pela melhoria constante da educação pública. Assim como é essencial a articulação entre os estudantes das universidades do Paraná, bem como com dos servidores e professores dessas universidades. A crise nos afeta como classe trabalhadora que somos e necessitamos da unidade da classe contra a retirada dos nossos direitos. Não é a toa que já se gritava em 29 de abril, dia do massacre dos professores estaduais do Paraná pelo estado, a GREVE GERAL.

Por isso, convocamos estudantes, servidores e professores a mobilizarem seus cursos, estando nos Centros Acadêmicos ou não, setoriais de estudo, universidades e sindicatos, e a entrarem na luta a favor de nossos direitos e futuro. Somos uma frente formada inicialmente no Conselho de Entidade de Bases (CEB) da UFPR e com participação aberta aos estudantes da Universidade. Mas temos por objetivo a articulação com outras universidades do Paraná e com os trabalhadores para pautarmos a luta unificada! Contamos com a presença de todas e todos!

VAMOS À LUTA!
É pra unir! É pra lutar! Greve geral, greve geral no Paraná!

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[CAMPO MOURÃO] 1º ENCONTRO DO GRUPO DE ESTUDOS LIBERTÁRIOS (GEL) – UNESPAR/FECILCAM – PRÓXIMO SÁBADO (18/10)

O que é Anarquismo?

O CALC começará um novo Grupo de Estudo Libertários (GEL) na cidade de Campo Mourão! Faremos o GEL na UNESPAR-FECILCAM, no próximo sábado, 18/10, às 14:30, SALA A CONFIRMAR.

Neste primeiro encontro buscamos apresentar qual são nossos objetivos e a dinâmica que pensamos para o grupo de estudos durante o ano. Além disso, a partir da discussão baseada nos textos e nesta primeira temática, “O que é o Anarquismo”, pretendemos dar um panorama geral sobre quais princípios, ideias e conceitos são fundamentais ao anarquismo e discutir um pouco sobre como esta ideologia se formou e esteve presente na história.

O que é Anarquismo? – Nicolas Walter

Anarquismo e Anarquia – Errico Malatesta

Baixe aqui: CEL – O QUE É ANARQUISMO – ENCONTRO I

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/810657965622730/

Para mais informações sobre os textos e temas que discutiremos durante o ano, visite:  https://coletivoanarquistalutadeclasse.wordpress.com/grupos-de-estudos-libertarios/

Venha participar!

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